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Pernambuco, Pará e Paraná compartilham experiências de conectividade

08/11/2016 17:34

As experiências estaduais para expansão da rede de ensino e pesquisa foram apresentadas no primeiro dia do Fórum RNP Consecti 2016, com os casos de Pernambuco, Pará e Paraná, moderados pelo diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi.

A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Setec/PE), Lucia Melo, destacou “a educação é uma das prioridades do governo. (...) Temos um dos principais parques tecnológicos do Brasil e todo um ambiente, capitaneado pelo Porto Digital e pelo Centro Tecnológico da UFPE. Recebemos o primeiro Ponto de Presença (PoP) da RNP no Norte e Nordeste. Podemos explorar essa liderança e fazer com que ela seja expandida”.

Por isso, o estado está lançando a iniciativa GigaLéguas, para trabalhar a infraestrutura de redes com o apoio de parceiros. “Procuramos a Companhia Energética de Pernambuco, a Celpe, que tem presença em todo estado, com postes implantados, e estamos desenhando uma parceria entre governo, RNP e provedores privados. Até o final de 2017, nossa expectativa é ter 250 escolas conectadas”, revelou Lucia.

O ambiente propício a parcerias difere da conjuntura do Norte do país. Foi o que apresentou o presidente da empresa Processamento de Dados do Pará (Prodepa), Theo Pires. “Em relação à realidade brasileira e mundial de telecomunicações, temos um estado com 8 milhões de habitantes com desafios continentais de travessia de Floresta Amazônica e de rios. Isso contrasta com o Brasil e, por essa realidade, temos a obrigação de atender o estado a custos razoáveis. No Pará, os provedores não têm interesse de fazer conexões fora da capital nem as empresas, mesmo com marcos regulatórios da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), conseguem chegar a todos os municípios”, relatou.

Por esse motivo, Pires defendeu a necessidade de aportar cada vez mais recursos, “para que todo mundo possa se beneficiar da esfera pública, sobretudo a área de ensino e pesquisa. Isso é importante para atendermos a ponta, a pessoa que está na floresta, com link de qualidade. Essa é a única forma de transformar o nosso país.

Uma lição que o Paraná tem seguido à risca, tendo conquistado um orçamento de quase R$ 3 bilhões para a área de CTI. De acordo com o secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do estado (SETI-PR), João Carlos Gomes, tudo isso é fruto de “um esforço muito grande”.

“Nas nossas sete universidades públicas, temos 92 mil alunos matriculados. Só perdemos para São Paulo, mas, na proporção, o superamos, já que temos, apenas, 11 milhões de habitantes. O ensino superior no Paraná é política de estado. (...) Mas não basta termos rede, temos que trabalhar em rede”, garantiu.

Nesse sentido, o secretário adiantou que está sendo implantado um Parque Tecnológico Virtual no Paraná, com oito polos espalhados pelo estado. “A partir de sexta-feira, todo ativo de equipamentos e laboratórios virtuais ficarão à disposição da sociedade. Cada polo, terá pontos presenciais também para atendimento à sociedade”, anunciou.