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Agenda 2030: PNUD lança rede em instituições de ensino superior para promover desenvolvimento sustentável

18/10/2017 18:31

Durante o Fórum RNP 2017, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou o lançamento de uma rede formada por instituições de ensino superior brasileiras em promoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Agenda 2030 das Nações Unidas.

Segundo a assistente do PNUD, Amanda Lima, a Agenda 2030 é um quadro de resultados constituído dos 17 ODS, que devem ser implementados por todos os países do mundo durante os próximos 15 anos. O planejamento teve início na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em 2012, e incorporou os objetivos de dimensão social aos de desenvolvimento sustentável em uma agenda única. “Os ODS não são vinculantes, ou seja, não há uma obrigação jurídica. Trata-se de um quadro inicial para orientar políticas públicas”, defendeu Amanda.

Uma diferença em relação à agenda das Nações Unidas anterior, que continha oito objetivos a serem cumpridos por países em desenvolvimento, é o seu caráter global, ou seja, desta vez todos os países do mundo devem cumprir os 17 ODS, que se desdobram em 169 metas. No Brasil, foi criada uma Comissão Nacional dos ODS, presidida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É preciso uma abordagem de direitos humanos. Temos como princípio de não deixar ninguém para trás”, explicou Amanda.

O diretor de Inovação e Competitividade do Porto Digital, Guilherme Calheiros, apresentou o impacto social da iniciativa, que já atraiu para o Recife quase 300 empresas e instituições de P&D, que faturam anualmente 1,5 bilhões de reais. Segundo Calheiros, no Porto Digital são desenvolvidos diversos projetos com conexão aos 17 ODS das Nações Unidas, como o ProDeaf, que desenvolve tecnologias de tradução de texto e voz para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), e o Pernambucoders, primeiro programa que levou para o ensino médio conhecimento em programação.

O coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), Luiz Ary Messina, destacou o impacto social promovido pelas redes acadêmicas na área da saúde, citando além das ações de capacitação de profissionais de saúde promovidas pela Rute, o Programa Telessaúde Brasil Redes e a rede global NutriSSAN, que segue um dos ODS estabelecidos pela ONU. Ele anunciou a assinatura no dia 26/10, de ações de cooperação em telessaúde e telemedicina entre a Comunidade dos Países em Língua Portuguesa (CPLP) e a criação de uma rede colaborativa entre 40 escolas técnicas do Sistema Único de Saúde (SUS). “Por isso, essa organização de redes colaborativas é tão importante para a sustentabilidade de redes acadêmicas no mundo inteiro”, declarou Messina.