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Redes acadêmicas viabilizam ações governamentais em saúde digital no Brasil
17/10/2017 19:40
O Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, do Ministério da Saúde, a Rede Universitária de Telemedicina (Rute), coordenada pela RNP, e a Rede Global de Ensino, Pesquisa e Extensão em Nutrição, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (NutriSSAN) foram as iniciativas em saúde digital trazidas pelo Fórum RNP possibilitadas pelo uso de redes acadêmicas no Brasil.
A coordenadora do Telessaúde Brasil Redes, Marília Tolentino, apresentou números do programa, que está comemorando dez anos em 2017. A iniciativa do MS visa melhorar a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), pelo uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, que possibilita atividades de teleconsultoria, telediagnóstico, tele-educação e segunda opinião formativa. “Hoje, a teleconsultoria é realizada em todos os estados brasileiros, em 2,2 mil municípios”, informou Marília.
Hoje, o Programa está presente em seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), em 58 polos-base. Marília elencou como benefícios da telessaúde a inclusão digital e qualificação dos profissionais de saúde, diminuição dos riscos de agravo pelo deslocamento, redução de custos com a remoção do paciente e estímulo à fixação dos profissionais de saúde em áreas remotas.
Já o coordenador nacional da Rute, Luiz Ary Messina, destacou o alcance da rede de telemedicina, que soma 128 unidades em operação no país e 50 Grupos de Interesse Especial (SIGs), que se reúnem pelo menos uma vez por mês.
O modelo de governança da Rute serviu como base para a estruturação da rede global NutriSSAN, conforme destacado pela diretora de Políticas e Programas para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Sonia Costa. A iniciativa surgiu de articulações dos países da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e do Nutrition for Growth, no Reino Unido, como resultado dos Jogos Olímpicos em Londres em 2012.
Segundo Sonia Costa, a plataforma tecnológica da NutriSSAN surgiu da expertise da telemedicina, como algo que ultrapassasse as barreiras da comunicação de forma mais organizada. “Começamos a trabalhá-la como uma tecnologia social, com foco em quem vai utilizá-la”, afirmou a representante do MCTIC.
Hoje, a NutriSSAN opera com dois SIGs ativos, de Segurança de Alimentos e de Obesidade, este último foi o primeiro articulado entre países da América Latina, com 50 instituições participantes. Também está em articulação a criação do SIG da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “É possível executar projetos conjuntos em uma plataforma que funciona”, concluiu Sonia Costa.