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RNP2 insere Brasil no grupo de países que têm backbone para aplicações avançadas

Novo backbone vai atender instituições de ensino superior e viabilizar a interconexão das ReMAVs


Após mais de 9 anos de investimentos na implantação e ampliação de uma infra-estrutura de rede Internet nacional, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) está lançando, através da Rede Nacional de Pesquisa, um novo backbone para ensino e pesquisa. A contratação dos serviços junto à Embratel foi efetivada no dia 15 de maio e a inauguração da primeira etapa do backbone RNP2 - interligando Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife - acontecerá no próximo dia 24 de maio durante o II Workshop RNP2, em Belo Horizonte. O lançamento do backbone RNP2 faz parte da estratégia de participação do Brasil no projeto Internet2 norte-americano. O projeto brasileiro, fortalecido com o Programa Interministerial de Implantação e Manutenção da Rede Nacional para Ensino e Pesquisa firmado em outubro de 1999 pelo MCT e Ministério da Educação (MEC), atenderá aos requisitos das novas aplicações em ensino superior e permitirá a interconexão das Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (ReMAVs). As especificações técnicas dos serviços ATM (Asynchronous Transfer Mode) contratados garantem níveis de Qualidade de Serviço (QoS) nos moldes do que existe de mais atual e vão permitir um aumento considerável na capacidade da rede IP que passa a operar, inicialmente, numa velocidade máxima de até 155 Mbps, contra os 2 Mbps da rede atual.

O backbone RNP, inaugurado em 1992, opera através da contratação de circuitos dedicados que conectam os seus Pontos de Presença (PoPs). Em 1992, existiam 11 PoPs e a velocidade máxima era de 64 Kbps nas ligações entre Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Até o ano passado, essa infra-estrutura foi ampliada, atingindo as principais capitais e cidades do país numa malha distribuída por 26 PoPs com doze enlaces de 2 Mbps; um de 1 Mbps; três de 512 Kbps; sete de 256Kbps; e cinco de 128 Kbps, além de quatro enlaces de 2 Mbps para o exterior. A saturação desse backbone fora detectada já em 1998 e sua ampliação havia chegado ao limite com a tecnologia empregada. Além disso, a própria evolução das aplicações Internet exigiam um novo patamar de largura de banda.

O backbone RNP2 será implantado em três etapas ao longo de 90 dias, com as tecnologias ATM para os trechos de maior tráfego e FR - Frame Relay para interligar a até 2 Mbps os PoPs de tráfego menor de dados. Essa opção foi escolhida por ser esta a solução disponível no país que apresenta a melhor relação custo/benefício, sendo a ampliação da capacidade da rede IP e o controle de qualidade os principais benefícios esperados. Após um período de testes de configuração, uso, gerência de falhas e de desempenho, realizados no início de 2000 através da cessão de meios e facilidades de telecomunicações pela Embratel, foi contratada a classe VBR (Variable Bit Rate) do serviço PVP (Permanent Virtual Path). Os resultados obtidos apontaram desempenho adequado da rede pública ATM com relação aos parâmetros de retardo e perda de células e permitiram a formulação de um contrato com especificações técnicas que garantem níveis de QoS exigidos pelas novas tecnologias de rede Internet.

Sobre a infra-estrutura da rede pública ATM da Embratel, que serve como rede de transporte para prestação de serviços aos clientes, a RNP está montando uma rede ATM privativa. Isso dará flexibilidade e independência para a oferta de alguns serviços que a rede da Embratel não oferece. A interconexão das ReMAVs, por exemplo, será feita através de uma nuvem ATM, com circuitos comutados. Os enlaces FR serão instalados nos PoPs que apresentam fluxo menor de tráfego. Essa solução apresentou-se mais adequada em relação ao custo do serviço dada a necessidade de elevar a largura de banda dessas conexões. O quadro abaixo apresenta a previsão de datas e as conexões que serão instaladas nos PoPs nos próximos três meses.

No âmbito do Programa Interministerial, o projeto prevê a implantação de 5 conexões de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e Institutos de Pesquisa ao RNP2 por mês, até alcançar as 52 IFES e todos os Institutos do MCT em 2001. A execução depende, contudo, do repasse dos recursos relativos às renovações do convênio com o MEC em 2000 e 2001.

As ReMAVs, que também utilizam a tecnologia ATM, deverão estar conectadas ao RNP2 até o fim de 2000 após a implantação completa do backbone novo. A conexão do RNP2 ao projeto norte-americano Internet2, prevista para operar inicialmente com 155 Mbps a partir de agosto, depende, ainda, da entrada em operação do novo cabo submarino Américas 2.

1ª Etapa (Maio) :
ATM:
DF, MG, RJ, SP, RS, PE
FR: AM
2ª Etapa (Junho) :
ATM:
PR, SC, CE, BA, RN
FR: PA, MS, MT, RO, AC, AP
3ª Etapa (Julho) :
ATM:
GO, PB
FR: AL, SE, PI, MA, TO, ES, RR

[RNP, 15.05.2000]

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