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RNP começou a divisão dos blocos de IPv6

Brasil é o primeiro país da América do Sul e o segundo da América Latina a ter endereços IPv6 de produção

A RNP recebeu, esta semana, seu primeiro bloco de endereços IPv6 de produção. O Centro de Engenharia e Operações da RNP (CEO) resolveu dividi-lo por região, destinando um sub-bloco a cada estado brasileiro. Na América Latina, apenas a Universidade do México havia conseguido endereços do gênero.

Inicialmente estes endereços serão usados na rede piloto instalada entre os Pontos de Presença da RNP em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Já se mostraram interessados em participar deste piloto o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC) da Universidade de São Paulo; o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) de Campinas; e o Cefet do Rio de Janeiro, entre outras instituições.

A posse deste bloco de endereços abre novas perspectivas para a RNP, que agora pode procurar parcerias com empresas que desejem explorar essa nova tecnologia comercialmente. Uma faixa de endereços IPv6 foi reservada com este objetivo. Uma das aplicações comerciais do IPv6 é na área de telefonia, mais especificamente nos chamados telefones celulares de terceira geração.

O bloco foi solicitado em 6 de julho à American Registry for Internet Numbers (ARIN), um dos órgãos responsáveis pela distribuição de endereços IP. Os endereços recebidos são classificados como subTLA (sub Top Level Address). Os subTLA são alocados somente para backbones ou grandes redes.

O esquema de subTLAs foi adotado pelas Regional Internet Registries (RIRs, instituições que distribuem os endereços IP) para evitar uma distribuição desordenada e garantir que seja feito bom proveito do espaço alocado. A idéia por trás desta estratégia é a seguinte: "Nós alocamos a vocês uma pequena faixa e deixamos o resto reservado. Quando vocês tiverem utilizado a maior parte dessa faixa, entrem em contato conosco", explica Marcel Faria, técnico do CEO.

Como receber um endereço IPv6 da RNP?

Para ter um endereço IPv6 de produção é preciso estar conectado ao backbone RNP2. Caso o solicitante queira participar da rede piloto IPv6 mas não esteja conectado ao backbone, é preciso apresentar um projeto de pesquisa e se adequar à política de uso do RNP2. Para maiores informações, escreva para info@rnp.br.

[RNP, 17.09.2001]