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Capítulo extraído do Relatório Tundisi *

6.1.1 RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

A Comissão não chegou a promover uma avaliação da atual Rede Nacional de Pesquisa, como o fez nas UPs do MCT. Todavia, dada a importância da mesma, achou por bem apresentar as considerações a seguir sobre o assunto.

O País elaborou, a partir do Projeto Rede Nacional de Pesquisa, lançado pelo CNPq em 1989, uma estratégia de êxito para a difusão e a utilização de tecnologia de informação. Hoje, a RNP se constitui na infra-estrutura nacional que viabiliza a colaboração à distância entre todas as instituições públicas de ensino superior e de pesquisa brasileiras. Mais importante, a própria rede se oferece como o Laboratório Nacional, que permite o teste e o desenvolvimento de novos protocolos, serviços e aplicações avançadas de tecnologia de informação e comunicação (TIC), de forma colaborativa e interinstitucional, envolvendo centros de pesquisa, universidades e empresas, no País e no exterior.

As redes acadêmicas, responsáveis pela introdução da Internet na maioria dos países do mundo, continuam a ser instrumento importante para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, ao permitirem a utilização precoce de novas aplicações avançadas (testbed), o uso consorciado e cooperativo de grupos de pesquisa, públicos e privados, no desenvolvimento de TIC, e o progresso da competência de grupos nacionais de pesquisa em várias áreas do conhecimento, através de sistemas distribuídos de computação e conhecimento (grids).

Para assegurar o alcance de importantes marcos futuros para o País em redes avançadas, propõe-se que o MCT conclua, em curto prazo, o processo de qualificação da RNP como Organização Social, de forma a permitir uma gestão eficaz dos projetos de pesquisa tecnológica em desenvolvimento através dessa Rede.

Diretrizes de Missão:

• diagnosticar, planejar, desenvolver e operar meios e infra-estrutura de serviço de redes eletrônicas avançadas para suporte estratégico à pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de informação e comunicação (TIC) no País;
• atuar como Laboratório Nacional para testes, experimentação e desenvolvimento de novos protocolos, serviços e aplicações de redes;
• articular o sistema de ensino superior e pesquisa, e o setor privado, principalmente as pequenas e médias empresas de tecnologia, através de projetos colaborativos e consorciados, que permitam a inovação e capacitação de recursos humanos em TIC;
• introduzir aplicações inovadoras e avançadas de redes para uso compartilhado e aberto a toda comunidade de ciência e tecnologia nacional;
• promover a cooperação internacional em redes, em sua área de competência.

* MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Relatório Tundisi. Brasília: MCT, 2001. Acessado em: 18 out. 2001. Disponível em: http://www.mct.gov.br/sobre/noticias/2001/tundisi.PDF.

[RNP, 26.10.2001]