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RNP assina convênio com PoP do Rio de Janeiro

Parceria com pontos de presença reforça investimento na infra-estrutura da rede acadêmica


No último dia 8 de outubro, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) firmaram um convênio para operação do ponto de presença da rede acadêmica no Rio de Janeiro (PoP-RJ). O diretor geral da RNP, Nelson Simões, explica que o objetivo deste tipo de acordo é "estabelecer critérios para a excelência em operação e desenvolvimento de projetos com PoPs através de planos de trabalho previamente combinados". O convênio foi assinado na sede do LNCC, em Petrópolis (RJ), pelo diretor deste instituto, Marco Antônio Raupp, e por Nelson Simões. Participaram, como testemunhas, o diretor de operações da RNP, Alexandre Grojsgold, e coordenador administrativo do PoP-RJ, Nelson Ramos Ribeiro.

A assinatura de convênios com os PoPs faz parte da estratégia que vem sendo traçada pela RNP com vistas a garantir a operacionalidade da rede Internet acadêmica e a prospecção tecnológica. Este processo foi iniciado com a institucionalização da RNP e intensificado após a celebração do contrato de gestão com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em março de 2002.

O professor Mário José Delgado Assad, coordenador do PoP-PB e representante dos PoPs no Conselho de Administração da Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, elogiou a criação do convênio:

— Todos nós, particularmente aqueles que se envolveram com o projeto da RNP desde seu início, sabemos que os PoPs são a base do projeto. O que não tínhamos eram mecanismos bem definidos de articulação das parcerias locais com o projeto global. O recente convênio de cooperação que está sendo firmado entre as instituições-sede dos PoPs e a RNP preenche esta lacuna.

Todos os pontos de presença da RNP são operados por instituições de ensino superior, unidades de pesquisa e fundações de apoio à pesquisa. O LNCC é responsável pelo PoP-RJ desde os primórdios da rede acadêmica brasileira, no início da década de 1990. O "Convênio de Cooperação para Desenvolvimento Científico", como é chamado, veio consolidar esta parceria, descrevendo direitos e deveres de ambas as partes. O PoP-RJ foi o primeiro da rede da RNP a assinar este acordo. O convênio tem duração de quatro anos.

PoPs devem cumprir planos de trabalho anuais

Os convênios pactuados entre os PoPs e a RNP prevêem a definição de planos de trabalho anuais, os quais devem incluir: 1) objeto e metas a serem atingidas; 2) indicadores de desempenho; 3) atribuições dos partícipes; e 4) descrição das atividades, condições e forma de execução. Para o funcionamento do PoP e a consecução dos projetos previstos no plano de trabalho, a RNP cede equipamentos e softwares à instituição responsável pelo ponto de presença.

De acordo com os termos do convênio, compete à RNP: manter a infra-estrutura de interconexão entre os PoPs; capacitar a equipe técnica responsável pela operação do PoP; manter as plataformas de hardware e software consideradas essenciais para a operação do PoP com eficiência e qualidade; e pagar despesas relativas às atividades previstas no plano de trabalho, conforme previamente ajustado entre as partes.

À instituição responsável pelo PoP compete: prover a infra-estrutura (condições físicas e lógicas) para hospedagem e operação do PoP; alocar e custear o pessoal técnico e administrativo necessário ao funcionamento do PoP; assegurar o cumprimento do plano de trabalho; assegurar a participação de sua equipe técnica em eventos de capacitação promovidos pela RNP; e manter controle e prestar contas à RNP sobre os bens cedidos para suporte à operação do PoP e a projetos colaborativos de pesquisa, conforme termo de responsabilidade firmado entre as partes.

Técnicos vão aos PoPs visando Plano de Excelência em Operação

Paralelamente à assinatura dos convênios, a RNP está iniciando um programa de visitas periódicas aos PoPs com o objetivo de fazer um levantamento das condições de operação dos mesmos. Com isto, será possível discutir a eficácia e orientar a implementação eficiente dos planos de trabalho estabelecidos, como explica o gerente do Centro de Engenharia e Operações (CEO) da RNP, Ari Frazão Júnior.

— Cada PoP será visitado por uma equipe formada por um funcionário do CEO e por um técnico de algum PoP que não seja da mesma região. O envolvimento de técnicos de outros PoPs vem como uma forma de se incentivar um maior intercâmbio de informações dentro da RNP com a troca de experiências de ambos os lados. Idealmente, a cada ano, deverá ser feito um rodízio entre os PoPs de forma que seja garantido o envolvimento de todos no processo — diz Frazão.

O programa de visita aos PoPs é parte integrante do Plano de Excelência em Operação, que constitui atividade do convênio de colaboração entre a RNP e a instituição abrigo do ponto de presença.

[RNP, 11.10.2002]

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