| RCT: promovendo a inclusão digital em Santa CatarinaRede integra 47% dos estudantes catarinenses Os usuários da Rede Catarinense de Ciência e Tecnologia (RCT) são muitos e diversificados. Estudantes dos ensinos Médio e Superior, laboratórios, centros de pesquisa, incubadoras, hospitais, bibliotecas, museus e casas de cultura. Ao todo somam 450.000 beneficiários da rede distribuídos pelas 508 unidades conectadas. Com a missão de promover a inclusão do cidadão catarinense na sociedade da informação e do conhecimento, a RCT provê o serviço de conexão que dá suporte para as mais variadas iniciativas desenvolvidas pelas instituições usuárias e apóia o desenvolvimento científico e tecnológico. Montada em 1995, com recursos do Governo Estadual, a rede é, atualmente, administrada pela Fundação da Ciência e Tecnologia do Estado de Santa Catarina (Funcitec), coordenada pelo professor Vladimir Piacentini. Sua implantação custou aos cofres públicos R$ 15 milhões, mais R$ 2 milhões na gestão e operação, além do financimento de outros parceiros, como Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais), UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), dentre outros. O orçamento anual da rede é de R$ 6 milhões, em média.
Todo este investimento resultou numa rede que integra quase todas as universidades catarinenses, antendendo a 93% do público acadêmico, e boa parte dos alunos dos ensinos Médio e Superior (36%). No total, a rede conecta 47% do total de estudantes catarinenses. — Com estes resultados, a RCT dá exemplo de que é possível levar a era digital para toda a população quando há vontade política e parcerias bem alinhavadas – afirma o coordenador técnico-administrativo da rede, Carlos Zanchin. Apesar de alcançar parte considerável do público estudantil, a RCT atende apenas a 8% de toda a população de Santa Catarina. A meta é chegar a 20% do total, ou seja, cerca de 1.1 milhão dos 5.5 milhões de habitantes. Conexão RCT-RNP favorece a alocação de recursos em segmentos mais carentesNo aspecto técnico, a RCT possui grande parte das suas conexões operando através das tecnologias ATM e Frame Relay. O ATM é utilizado nos pontos de concentração principal, atualmente hospedados nas instalações da Brasil Telecom e nos pontos de presença de maior tráfego, como o que interliga a RCT ao PoP de Santa Catarina da RNP. Em alguns pontos da rede há conexões locais através de fibra óptica, canais de rádio e canais de comunicação de dados especializados. A RCT também expande seu alcance através de uma rede metropolitana em Florianópolis, que interliga 10 importantes instituições. Para Zanchin, a conexão entre a RCT e a RNP é fundamental para a ampliação das atividades da primeira. — Com o acesso à Internet a custo zero para o Estado, a RNP faz com que os recursos possam ser direcionados para onde os esforços de inclusão digital são mais necessários, como, por exemplo, as escolas públicas conectadas à RCT – explica Zanchin. As atividades de segurança e gerência da rede são coordenadas pelo Comitê Técnico Gestor da RCT e centralizadas nos principais pontos de presença. A equipe de gerência vem implementando um modelo de qualidade de serviço para suporte a videoconferência na rede. As iniciativas de pesquisa que utilizam a infra-estrutura da rede ficam a cargo das instituições usuárias tais como a Epagri – órgão do Governo voltado à agricultura, que trafega seus resultados, consultas e experimentos pela RCT. Ainda há outros exemplos como o projeto de telemedicina que vem sendo desenvolvido pela Unidavi (Universidade para o Desenvolvimento do Alto do Vale do Itajaí) e o Climerh ( Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), órgão governamental especializado em previsão do tempo, cujos dados são acessados continuamente pela área agrícola. — Não mantemos um arquivo com as aplicações desenvolvidas pelas instituições usuárias, mas, sem dúvida, milhares delas, talvez até mais significativas que as citadas, só são viabilizadas pela presença da RCT – explica Zanchin. Para o professor Mauri Ferrandin, do Núcleo de Informática da Unerj (Centro Universitário de Jaguará do Sul - instituição conectada à rede), o principal benefício da RCT ao estado é a inclusão digital, tanto nas universidades como nas escolas. — Aqui na Unerj, por exemplo, abrimos os laboratórios para a comunidade em geral que pode ter acesso à Internet para pesquisa, comunicação etc. Isto não seria possível sem a RCT. Os nossos maiores projetos que necessitam da rede são o Núcleo de Educação a Distância e os estudos para implantação de uma sala de videoconferência – diz Ferrandin. Esta é a segunda reportagem da série de notícias sobre as redes estaduais brasileiras que a RNP está desenvolvendo. O trabalho visa apresentar cada uma das redes e suas principais atividades. A primeira, publicada em julho, divulgou a Rede Piauiense de Pesquisa (RPP), no Piauí. A Rede Rio será a próxima a ser abordada. [RNP, 18.08.2003] | Notícias relacionadas: Piauí rumo à integração regional RNP inicia sua série de reportagens especiais sobre redes estaduais [RNP, 07.07.2003] Outras referências: Rede Catarinense de Ciência e Tecnologia Site da Rede Catarinense de Ciência e Tecnologia |