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Amazonas terá rede estadual de ensino e pesquisa

Pesquisadores estarão conectados a 1Gbps

Em outubro, será inaugurada a Rede Estadual de Ensino e Pesquisa do Amazonas (Repam). A iniciativa prevê a construção de um anel para interligar as instituições que constituem o consórcio responsável pela rede e as principais instituições da capital. Além disso, também está prevista a utilização de antenas VSATs para capilarizar a rede para o interior do estado.

O projeto, orçado em, aproximadamente, um milhão, está dividido em três fases. A primeira, que deve ocorrer até o final do ano, estabelece a conexão das cinco instituições integrantes do consórcio: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas.

A segunda fase está voltada para a capilarização da rede para pelo menos dez municípios do interior e tem previsão de término até julho de 2005. Nas duas primeiras fases, as instituições estarão conectadas a 1 Gbps. Para a terceira fase, a meta é elevar este valor para 10 Gbps. Nesta etapa, que deverá acontecer até 2006, a programação é ampliar o anel para outras instituições de ensino e pesquisa da capital, como a Fundação de Capacitação Tecnológica e Pesquisa Industrial, além de outros órgãos parceiros como a Fiocruz, a Infraero, a Aeronáutica e a Petrobrás.

— A Repam é uma idéia que vem sendo cogitada há mais de dez anos e que surgiu da necessidade de superação das dificuldades de comunicação na região amazônica, especialmente devido ao dimensionamento geográfico e o relevo da região — diz o coordenador da Repam, Edson Nascimento Silva Junior.

Depois de implementada, um comitê gestor irá tratar da normatização do uso da rede e a gerência operacional ficará por conta da Ufam. A nova rede de ensino e pesquisa do Amazonas vai possibilitar a comunicação e a integração de mais de 117 mil alunos amazonenses.

— A rede traz um grande benefício para as várias instituições que estarão conectadas e que possuem atividades voltadas para as comunidades do interior do estado, onde o acesso é muito difícil. O país também terá a oportunidade de acessar mais diretamente o homem amazonense, permitindo a integração de ações de inclusão social e digital — ressalta Edson Silva Junior.

Ainda segundo Edson, a Repam também irá contribuir com o processo de capilarização da RNP, levando a rede nacional de ensino e pesquisa a mais instituições:

— A conexão com a RNP possibilitará à Repam buscar novas parcerias com instituições acadêmicas do país e do mundo. A garantia de uma rede estadual de pesquisa está diretamente ligada à certeza do funcionamento de uma rede nacional de pesquisa.

[RNP, 17.08.2004]