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IPv6 em mais 13 estados

RNP expande uso de novo protocolo na rede


Os pontos de presença (PoPs) da RNP no Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Sergipe, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amapá, Tocantins, Roraima, Rondônia e Amazonas passaram a integrar a rede IPv6 da RNP. Atualmente, são 26 PoPs habilitados a operar com o novo protocolo de Internet, o qual garante uma capacidade maior de endereçamento, mais segurança e qualidade.

O IPv6 (Internet Protocol version 6) foi criado em 1994 por uma equipe da Internet Engineering Task Force (IETF) com o objetivo de expandir a capacidade de endereçamento da Internet, possibilitando sua expansão. A quantidade de endereços suportada pelo IPv6 é quatro bilhões de vezes maior que a quantidade suportada pela versão anterior do protocolo de Internet, o IPv4, atualmente em uso na maior parte das redes.

O que significa esta maior capacidade de endereçamento?

Cada equipamento conectado à Internet precisa de um número para ser identificado. Este número chama-se endereço IP. Tente, por exemplo, digitar em seu browser o número 161.148.1.18. Este é o endereço IP do servidor (uma espécie de computador mais robusto) que abriga o site do portal Rede Governo, do governo federal. É este número que o seu browser vai buscar quando você digita o endereço http://www.redegoverno.gov.br/.

Bem, assim, todos os equipamentos conectados à rede Internet possuem um número como este. O seu computador, para conectar-se à Internet, também precisa de um número IP. Em geral, este IP é dinâmico. Isto é, o seu provedor de acesso empresta-lhe um número para que você se conecte à rede hoje. Amanhã, ao conectar-se novamente, o número emprestado já será outro. O uso de IPs dinâmicos já é resultado da carência de endereços na versão 4 do protocolo. Se cada equipamento tivesse um IP fixo, não haveria números suficientes para todos os que hoje se conectam à rede mundial de computadores.

Com o advento do IPv6, será possível estalebelecer endereços IP para uma quantidade muito maior de equipamentos, conectando desde microcomputadores até torradeiras, geladeiras e outros utensílios domésticos, passando pelos óbvios celulares, que hoje já representam uma pressão enorme por endereços de Internet.

O IPv6 na RNP

Não é de hoje que a RNP estuda o novo protocolo. Pelo menos desde 1997 (ano de publicação do primeiro artigo sobre o tema no boletim eletrônico NewsGeneration, da RNP), os técnicos da casa pensam em IPv6. Já em janeiro de 1998, foi estabelecido um túnel IPv6 entre a rede da RNP e o 6Bone, rede mundial de teste do protocolo de nova geração. Os túneis são links virtuais criados para transportar dados empacotados com o novo protocolo sobre uma infra-estrutura IPv4. No mesmo ano, começou a ser montado o Br6Bone, um projeto brasileiro de túneis IPv6, liderado pela RNP.

Os primeiros ensaios com IPv6 nativo (isto é, com uma infra-estrutura IPv6 e não com túneis) na rede da RNP foram feitos em 2001, com a configuração de um piloto envolvendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Hoje, dos 27 pontos de presença da RNP, apenas o PoP Ceará ainda não está operando com IPv6, o que deve ocorrer até o final de 2004. Todos os outros PoPs conversam em IPv6, seja em modo nativo, seja em modo tunelado.

Esta é uma vitória do Centro de Engenharia e Operações da RNP. Com a conclusão do projeto de implantação do protocolo de Internet de nova geração, a rede acadêmica brasileira RNP2 se equiparará, neste aspecto, às mais avançadas das redes avançadas mundiais, como a européia Géant, que já opera com IPv6 nativo em todos os seus 30 pontos de presença.

[RNP, 24.11.2004]

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