| Representantes de NRENs latino-americanas, européias e norte-americanas se reúnem no MéxicoRede Clara terá conexão com Estados Unidos A cidade de Veracruz, no México, foi sede de três importantes reuniões no final do mês de abril: a 2ª Reunião Técnica de Clara, ocorrida entre os dias 25 e 27; a reunião da rede acadêmica mexicana Cudi, que começou no próprio dia 27 e foi até o dia 29; e, no dia 30, foi a vez do encontro do Projeto Rede de Educação e pesquisa do Hemisfério Oeste/Links de Interconexão da América Latina (Whren/Lila, do inglês, Western Hemisphere Research and Education Network/Links Interconnecting Latin America). A 2ª Reunião Técnica de Clara teve por objetivo oferecer um panorama técnico da Rede Clara e do estágio de desenvolvimento de cada rede nacional da América Latina, além da européia Géant. Participaram da reunião o diretor e a gerente de Inovação da RNP, Michael Stanton e Iara Machado, respectivamente, bem como Eriko Porto, do Grupo de Engenharia de Rede da Clara (NEG), e Marcel Faria, do Centro de Engenharia e Operações da RNP. Os pontos altos da reunião foram o curso de capacitação IPv6, as descrições das novas redes nacionais latino-americanas, as notícias sobre a implantação da Rede Clara e o início de atividades técnicas, com a criação de grupos de trabalho em diferentes áreas. Estes grupos têm como função permitir a interação de técnicos das diferentes redes nacionais da região no estudo e implementação de serviços de redes, em áreas tais como segurança, IPv6, telefonia IP e vídeo digital. O diretor de Inovação, Michael Stanton, apresentou alguns projetos internacionais em grid, como o Possibilitando Grids para E-ciência na Europa (do inglês Enabling Grids for E-science in Europe, EGEE) e o Infra-Estrutura Compartilhada entre Europa e América Latina (do inglês E-infraestructure Shared Between Europe and Latin America, Eela). O EGEE oferece infra-estrutura grid para 70 instituições em 27 países europeus, atendendo a cerca de 300 participantes. O Eela é um projeto conjunto entre América Latina e Europa de extensão dos recursos do EGEE para os pesquisadores latino-americanos interconectados pela Rede Clara. Submetido à Comissão Européia em março de 2005, o projeto aguarda aprovação para ser iniciado em janeiro de 2006. Reunião de Cudi conta com sessões internacionais e apresentação de Michael StantonStanton também ministrou palestra na reunião da rede acadêmica mexicana Cudi sobre redes ópticas de ensino e pesquisa no Brasil. Ele fez um panorama dos principais projetos da RNP tais como o Projeto Giga, a nova infra-estrutura de rede multigigabit a ser implantada ainda este ano, a iniciativa Redecomep e a Iniciativa Óptica Nacional (ION). A apresentação de Stanton fez parte das sessões internacionais que contaram com palestras de Dany Vandromme (Renater, rede nacional da França), Julio Ibarra (Universidade Internacional da Flórida - FIU), Steve Corbató (Internet2), Ida Holz (Clara) e John Silvester, do órgão gestor da rede estadual da Califórnia (Cenic). − Foi uma boa oportunidade para apresentar aos mexicanos as atividades em infra-estrutura de redes atualmente sendo desenvolvidas no Brasil pela RNP – comentou Stanton. Ainda na reunião de Cudi foi apresentado o projeto Whren/Lila, pelo seu principal coordenador, Julio Ibarra. O Whren/Lila foi submetido, em junho de 2004, para o programa International Research Network Connections (IRNC) da National Science Foundation (NSF), por um consórcio incluindo a FIU, a Cenic, a Clara, a Cudi, a rede chilena Reuna, a RNP e a Fapesp. O projeto foi aprovado e prevê a construção de duas conexões entre a Rede Clara e os Estados Unidos. A primeira seria por fibra apagada entre Tijuana (PoP da Rede Clara) e San Diego, na Califórnia (PoP da Calren – rede da Cenic). A segunda seria uma conexão entre Miami e São Paulo, compartilhada entre Clara, Ansp e RNP. Lançamento oficial de Whren/Lila promove encontro de parceiros brasileiros e norte-americanosNo dia 30 de abril, ocorreu o lançamento oficial do projeto Whren/Lila, possibilitando, pela primeira vez, o encontro de alguns dos participantes do Brasil e da Cenic. Na opinião de Stanton, a conexão direta com os Estados Unidos beneficia os usuários da Rede Clara que querem se comunicar com os pesquisadores norte-americanos e do Pacífico. Stanton ressalta que esta é a primeira vez que os Estados Unidos estão contribuindo parcialmente com os custos das novas conexões. − Historicamente, nossas conexões internacionais sempre foram com os EUA, porém pagas 100% por nós. Certamente eles ficaram motivados com a iniciativa européia, que financiou 80% da Rede Clara e possibilitou a interconexão das redes latinas. A reaproximação com os Estados Unidos, no entanto, é uma ótima oportunidade, pois, queiramos ou não, a infra-estrutura de telecom internacional que usamos nos conecta aos EUA e simplesmente fica mais barato e rápido aproveitarmos este fato quando quisermos nos comunicar com os norte-americanos. Stanton lembrou que a conexão entre São Paulo e Madri, usada pela Rede Clara, passa pelos EUA. Fisicamente, as informações são transmitidas por fibras ópticas que atravessam o Atlântico entre Nova Iorque e Inglaterra. − Hoje esta é nossa única conexão internacional às redes avançadas. Quer dizer, se quisermos nos comunicar com uma universidade dos EUA, o tráfego vai a Madri, via Nova Iorque, e faz o caminho inverso até Nova Iorque para "entrar" nos EUA – explica Stanton. [RNP, 24.05.2005] | Notícias relacionadas: Rede peruana conecta-se à Clara Equipe técnica da Clara reúne-se no México na semana que vem [RNP, 20.04.2005] |