| Grupos de Trabalho ganham destaque no 7º Workshop RNPPrimeiro dia do evento apresenta os últimos projetos da RNP e os resultados em inovação Curitiba recebeu, entre os dias 29 e 31 de maio, especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação, entidades governamentais, empresas de telecomunicações, grupos de pesquisa em redes e a comunidade acadêmica. Todos reunidos para participar do 7º Workshop da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (WRNP) que, este ano, foi realizado na capital paranaense. Na manhã do dia 29, o auditório da Estação Embratel Convention Center já estava lotado para a apresentação do painel Medições, em que foram apresentadas as iniciativas desenvolvidas por redes acadêmicas internacionais para evitar problemas de desempenho e garantir a qualidade fim-a-fim de redes. Além do Grupo de Trabalho Medições 2, da RNP, o painel também contou com a participação de representantes das redes avançadas Géant/Dante (européia), Internet2 (norte-americana), Red Clara (latino-americana) e RNP (brasileira). Reduzir custos com diagnósticos e aumentar os comunicados da rede são algumas das principais ações realizadas em infra-estrutura de medições. O Grupo de Trabalho Redes Mesh, foi o primeiro a apresentar seus resultados no painel Redes sem fio. Célio Vinícius de Albuquerque, do Departamento de Engenharia de Telecomunicações da Universidade Federal Fluminense (UFF), apresentou o projeto de construção de um backbone sem fio para transmissão de dados em banda larga em localidades sem infra-estrutura física ou com alto custo de comunicação por outras redes. Para Maurício Gaudêncio, da Cisco, a tecnologia wireless já prova que é uma ótima solução de baixo custo para as municipalidades, com a produção de notebooks representando 53% do mercado de computadores. Ainda no mesmo painel, João Couto Godinho, da Embratel, mostrou as tecnologias de acesso utilizadas pela operadora, em especial as soluções sem fio. Um dos grandes destaques do WRNP foi o Grupo de Trabalho em Visualização Remota que demonstrou, ao vivo, a manipulação de dispositivos eletrônicos distribuídos geograficamente. Um robô modelo Pioneer 3, exposto no evento, era controlado por membros do GT em Natal (RN). O inverso também acontecia: participantes do WRNP podiam controlar um robô semelhante localizado em Natal. As pesquisas do grupo mostram que é completamente possível que usuários manipulem aplicativos tecnológicos remotamente. Prova disso é o desenvolvimento da Tecnologia de Inspeção Subaquática, projeto da FURG, UFRN e UFPR, que prevê a construção de robôs para mapeamento aquático visual, sensoreamento e navegação. Auxiliando na resolução de problemas comuns em trabalhos debaixo dágua, os rôbos reduziriam custos e evitariam deslocamento de recursos humanos. Em seguida, foi a vez do GT ICP3-EDU - Smart card virtual e autoridade certificadora distribuída apresentar suas pesquisas no painel Infra-estrutura de Chaves Públicas – ICP. A tecnologia pretende melhorar a segurança digital pela preservação da confidencialidade, autenticidade e integridade de documentos eletrônicos e transações. “Os principais empecilhos à adoção de Infra-estruturas de Chaves Públicas no ambiente acadêmico são disponibilidade e domínio tecnológico e custos destas soluções”, disse Roberto Gallo, que minsitrou a palestra O Hardware do HSM RNP-Kryptus. O Hardware do HSM Educacional, desenvolvido em consórcio entre Kryptus e RNP para o projeto da ICP-EDU, procura dar uma resposta a estas questões, com um equipamento com software e hardware desenvolvidos no país e com custos bem menores que os disponíveis de fabricantes internacionais. Nova Lei da Informática é mencionada na abertura do evento A abertura oficial do evento contou com a presença do secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Augusto Cesar Gadelha Vieira; do subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério da Educação (MEC), Sylvio Petrus; do diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton; e do diretor Geral da RNP, Nelson Simões. Logo após a apresentação do evento feita por Stanton, Nelson Simões ratificou o objetivo da RNP em disponibilizar a melhor infra-estrutura de experimentação para a comunidade acadêmica. “Aplicações que estão sendo desenvolvidas hoje certamente estarão correndo pela rede nos próximos cinco anos”, disse. Para Sylvio Petrus, o MEC apostou na RNP como forma de interiorizar e expandir o ensino superior e fundamental por meio de tecnologias distribuídas e de educação a distância. As alterações na Lei de Informática, previstas pelo MCT, foram citadas por Gadelha como forma de renovação do estímulo ao desenvolvimento de Ciência e Tecnologia e, consequentemente, ao desenvolvimento sócio-econômico do país. A crescente percepção da importância do setor fomentou o conjunto de novos marcos regulatórios para a área de C&T que configuram Leis de Criação dos Fundos Setoriais, Lei de Inovação, Nova Lei de Informática, dentre outros. "A legislação e os incentivos fiscais ao desenvolvimento e produção de bens e serviços de informática sofreram mudanças que precisam ser entendidas pelo setor privado”, acrescentou Gadelha. O primeiro dia do evento foi encerrado com uma breve apresentação da Rede Ipê, nova fase da rede acadêmica nacional que opera com capacidade de conexão multigigabit, e de cada um dos principais projetos da RNP. Luiz Messina, coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), apresentou a rede que interconectará 20 hospitais universitários de todo o Brasil num estímulo ao aprimoramento e surgimento de projetos de telemedicina. A iniciativa Redecomep (Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa) mostrou que algumas capitais já iniciam a fase de construção de suas redes. E Antônio Carlos Nunes, da RNP, explicou que as redes de campus podem ser revitalizadas e melhor integradas com a utilização de tecnologia VoIP e videoconferência. [RNP, 02.06.2006] |