| RJ sedia workshop e tutorial do projeto EelaEventos visam ao treinamento do uso do ambiente de grids De 24 a 30 de junho, representantes das 21 entidades que compõem o projeto Eela (E-Infrastructure Shared Between Europe and Latin America), que visa a integrar os projetos de infra-estrutura digital, já consolidados na Europa, com aqueles que estão emergindo na América Latina, se reuniram para apresentar as atividades realizadas e participar de mais um treinamento em tecnologias de grades computacionais (computational grids). Com esse intuito, foram realizados um workshop em Itacuruçá (RJ) e um tutorial no Instituto de Física da UFRJ, no Rio de Janeiro. O projeto Eela tem como objetivo estabelecer uma rede de colaboração humana para compartilhar uma infra-estrutura que suportará o desenvolvimento e teste de aplicações avançadas. Neste esforço coletivo, o Eela deverá criar uma infra-estrutura comum na América Latina e na Europa, interconectada por meio das redes Clara e Géant, onde algumas aplicações de interesse geral serão implementadas: Biomedicina, Física de Altas Energias, e-educação e Clima. A infra-estrutura do Eela segue o modelo do projeto europeu EGEE (Enabling Grids for E-science) para o desenvolvimento e implantação de grades para uso científico, que atualmente forma a maior “e-infra-estrutura” em operação no planeta, compartilhando mais de 14 mil CPUs (unidades de processamento central) e 5 milhões de gigabytes de recursos de armazenamento (o equivalente à capacidade de mais de 7 milhões de CDs). Há uma série de estágios na implantação da grade computacional do Eela. Um dos mais importantes é a instalação de um middleware que possibilita a interoperação dos computadores ligados a essa infra-estrutura. Outra etapa importante é a adaptação e escala das aplicações já existentes ao novo ambiente do Eela para utilização de um grande número de recursos, distribuídos pela “e-infra-estrutura”, e o desenvolvimento de novas aplicações. Na prática, o que o projeto estará disponibilizando para os pesquisadores é uma “e-infra- estrutura” muito poderosa, agregando um grande volume de recursos computacionais, de comunicação e de armazenamento de dados, para fazer investigações complexas de forma simples, que pode ser ampliada no futuro para servir de base para uma comunidade maior de usuários. Isso possibilita que se distribuam programas pesados por várias máquinas, o que permite alto processamento de dados para estudos, por exemplo, de clima e de Bioinformática, que demandam coleta de um grande volume de informações e verificações combinadas a curto prazo, que não seriam viáveis em plataformas locais. Do Brasil, participam do Eela a RNP, a UFF e a UFRJ, além do Cecierj/Cederj, o consórcio de universidades públicas do Rio de Janeiro. Já estão previstos outros encontros para os representantes do Eela. Nos dias 4 e 5 de setembro, vai ocorrer a 1ª Conferência do Eela em Santiago, no Chile, e mais um tutorial, nos dias 6 e 7 de setembro, também no Chile. Já em novembro, está na pauta de sugestões um treinamento mais avançado de duas semanas, a chamada Escola Superior de Grids, que deve acontecer nas instalações da Escola Superior de Redes RNP, no Rio de Janeiro. O intuito é disseminar o uso de aplicações já prontas para rodar em ambiente de grid. [RNP, 18.07.2006] |