| Ringrid vai avaliar o uso de instrumentação remota em gradesBrasil e Chile são os participantes latino-americanos no projeto A possibilidade de acesso a equipamentos científicos e industriais, independentemente de sua localização física, unifica e ajuda bastante o trabalho das comunidades nessas áreas. O resultado é a criação de novas oportunidades para a ciência, a indústria e os negócios. O objetivo das dez instituições participantes do projeto Ringrid (Remote Instrumentation in Next-Generation Grids) é justamente avaliar e fazer propostas de padronização no uso de instrumentação remota em grades computacionais. Com financiamento do programa Information Society Technologies (IST) da União Européia, o Ringrid foi iniciado em outubro de 2006 e terá duração de 18 meses. A organização Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas) participa do projeto, através de suas sócias – as redes nacionais do Chile (Red Universitaria Nacional – Reuna) e do Brasil (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP). Além de Clara, há mais nove participantes da Polônia, Grécia, Bulgária, Romênia, México, Itália, Áustria e Reino Unido. O primeiro encontro, realizado nos dias 12 e 13 de outubro, no Centro de Supercomputação e Redes de Poznan, na Polônia, contou com a presença do diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton. Durante 18 meses e com recursos financeiros na ordem de um milhão de euros, os participantes do projeto vão estudar e propor um padrão para o uso compartilhado de instrumentos remotos em grades. Essa infra-estrutura (as grades) permite aos usuários acessarem, de forma integrada, computadores, instrumentos e bases de dados, de diversas localidades. LNA e LNLS fazem parte do RingridAlém da RNP, as instituições brasileiras envolvidas no Ringrid são o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), ambos mantidos com recursos do MCT. A fonte de luz síncrotron e os microscópios eletrônicos do LNLS serão alguns dos instrumentos estudados. A adoção mais disseminada do uso remoto de instrumentos, um dos objetivos do Ringrid, facilitará a rotina de pesquisadores de outras instituições e diminuirá os custos dos experimentos e observações, já que os estudiosos poderão ter acesso ao uso dos instrumentos, sem deslocamentos físicos, com economia de tempo e dos custos de viagem. As imagens geradas pelo telescópio Soar (Southern Astrophysical Research Telescope), localizado no Chile, já são captadas em computadores da sala de observação remota montada no Instituto de Astrofísica e Geofísica (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Em breve, novas salas de observação remota serão instaladas no Observatório Nacional, no LNA, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre outras instituições brasileiras. O funcionamento destas salas é possível graças ao uso de redes avançadas de comunicação, como a Rede Ipê, da RNP. O Ringrid vai estudar e avaliar o uso simultâneo dessas imagens por astrônomos em diversas partes do mundo. Sobre o Telescópio SoarO telescópio localizado em Cerro Pachón, nos Andes Chilenos, tem abertura de 4,1 metros, e foi projetado para produzir imagens de qualidade melhor que as de qualquer outro observatório do mundo em sua categoria. É financiado por um consórcio que envolve Brasil e Estados Unidos. Veja mais informações sobre o Soar em http://www.lna.br/soar/soar.html. [RNP, 30.10.2006] | Notícias relacionadas: Equipe da RNP visita o telescópio Soar Técnicas de instrumentação remota são apresentadas a profissionais da RNP [RNP, 19.09.2006] |