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Open Archives: facilitando o acesso à informação científica

Videoconferência esquenta debate

O coordenador-geral de projetos especiais do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Hélio Kuramoto, é um entusiasta do modelo de livres publicação e acesso à informação científica. O paradigma é o Open Archives, criado em Los Alamos (EUA), em 1991. O modelo prevê a publicação em meio eletrônico pelo próprio autor do artigo científico, o armazenamento a longo prazo, a preservação do direito autoral, o acesso livre do público e o uso de software aberto e de padrões e protocolos que permitam a interoperabilidade entre repositórios.

De acordo com Kuramoto, era preciso buscar uma alternativa de baixo custo para o acesso ao conhecimento especializado: "As bibliotecas universitárias não conseguem mais manter a assinatura de todas as revistas científicas importantes para a comunidade acadêmica", afirmou. Além disso, o próprio pesquisador enfrenta dificuldades para publicar um artigo nas publicações impressas pela própria limitação do meio físico. Com isso, surgem os repositórios ou bibliotecas digitais e a necessidade de interoperar esses repositórios.

O Ibict deseja difundir o uso do modelo Open Archives no Brasil, pois entende que ele traria vantagens tais como maior rapidez na disseminação da informação, maior visibilidade ao pesquisador e ao assunto e maior interoperabilidade entre repositórios.

Mais videoconferência

Ainda na tarde de quarta-feira, Rui Ribeiro, da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), ministrou, por videoconferência, uma palestra sobre serviços da rede acadêmica portuguesa. Ribeiro é responsável, na FCCN, por serviços de videoconferência, videodifusão e sistemas Web. Ele falou sobre experiências como o projeto Estúdios e respondeu a perguntas sobre as soluções implantadas na rede portuguesa.

A videoconferência também esquentou o último debate do dia. No bate-papo sobre aplicações de comunicação e colaboração, Graciela Martins, do Centro de Competência em Aplicações da RNP, falou também de blog, groupware e conferência web, mas o público estava interessado mesmo era em discutir soluções de videoconferência. Fabrício Tamusiunas, do NIC.BR, fez um bom apanhado de protocolos e padrões de videoconferência. Algumas pessoas da platéia falaram sobre suas experiências - muitas vezes, frustrantes. A avaliação geral é que a videoconferência é uma excelente ferramenta, com muitos recursos e possibilidades, mas seu uso no Brasil ainda é precário, até porque existem poucas pessoas treinadas para administrar salas de videoconferência.

[RNP, 09.11.2006]