| RNP apóia grupo de físicos vencedor de desafio no Supercomputing 2006Uerj e Unesp participam de grupo de destaque em competição internacional O Brasil, representado pela Uerj e Unesp, mais uma vez, teve destaque no evento Supercomputing 2006 (SC06), realizado de 11 a 17 de novembro, na Flórida, nos Estados Unidos. O seu grupo, coordenado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e formado por físicos de diversos países, entre eles, Estados Unidos, Coréia e China, alcançou as maiores taxas de transmissão de dados entre os diversos competidores no desafio de largura de banda. Durante 30 minutos na noite do dia 15, o grupo manteve uma taxa máxima de 17,7 gigabits por segundo, quase o dobro do segundo colocado, e muito maior que a taxa alcançada em 2005. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), através da rede Ipê, e a Rede Acadêmica de São Paulo (Ansp) colaboraram com a infra-estrutura de rede que possibilitou a conexão das universidades brasileiras às demais participantes. O desafio deste ano foi ainda maior que o de 2005. Além de terem de testar a velocidade de transferência de dados, os competidores tiveram de integrar a transmissão de dados em alta velocidade às suas aplicações. Isto significou colocar à prova o desempenho de programas de análise de dados, de centenas de computadores e também de discos distribuídos entre os participantes. O experimento escolhido pelo grupo da Uerj e da Unesp foi o CMS, um dos detectores de física de altas energias do acelerador de partículas LHC, que está sendo construído no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern). Este é o maior laboratório do gênero no mundo e funciona na Suíça. Para o professor Alberto Santoro, coordenador da equipe de físicos da Uerj, o desafio foi extremamente proveitoso: “Temos que testar agora, além das transmissões e recepções de dados, as interações, disco a disco, e programas de análise em condições extremas. Precisamos de um avanço tecnológico significativo, para trabalharmos, confortavelmente, quando o LHC estiver pronto, no final de 2007. Aí então, não poderemos errar, perder pacotes. A perda de um dado acarretará no comprometimento de toda a análise”, explica. A complexidade do experimento justifica a preocupação do físico: por ano, os quatro detectores do LHC vão gerar 20 petabytes de dados, o que equivale a cerca de 30 milhões de CD-ROMs. A rede IpêInaugurada há um ano, a rede Ipê integra todos os 26 estados do Brasil e o Distrito Federal, por meio de uma rede de alto desempenho, criada para dar suporte à pesquisa avançada e à educação brasileira. Interligada a outras iniciativas similares no mundo, a Rede oferece capacidade de comunicação entre os nós do backbone para até 10 gigabits por segundo (quase 40 mil vezes mais rápida do que uma conexão doméstica de 256 Kbps). [RNP, 17.11.2006] | Notícias relacionadas: RNP apóia participação da UERJ e da USP em evento nos Estados Unidos [RNP, 28.11.2005] Tecnologia Grid entra em cena no auxílio à manipulação das informações [RNP, 11.05.2004] |