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Inaugurada primeira rede óptica metropolitana para a comunidade acadêmica

Metrobel é modelo para outras iniciativas regionais


Foi lançada na noite de ontem (28/05) a Metrobel, primeira rede óptica metropolitana do Brasil para a comunidade acadêmica. Com 52 km, a Metrobel conecta 12 instituições de ensino e pesquisa. São elas: Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a Universidade do Estado do Pará (Uepa), a Universidade da Amazônia (Unama), o Centro Universitário do Pára (Cesupa), o Cefet-PA, a Embrapa Amazônia Oriental, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Centro Nacional de Primatas (Cenp), o Instituto Evandro Chagas (IEC), o Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam) e o Serviço Geológico do Brasil - Superintendência de Belém (CPRM).

Inauguração da rede Metrobel.

A inauguração da rede ocorreu durante o 8º Workshop RNP e contou com a presença de diversas representantes do governo e da comunidade científica. Compuseram a mesa da cerimônia a governadora do Pará, Ana Julia Carepa; o subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, Avílio Franco; o secretário de Ciência e Tecnologia do Pará, Maurílio de Abreu Monteiro; o diretor-geral da RNP, Nelson Simões; o diretor de Inovação da RNP e coordenador do projeto Metrobel, Michal Stanton; o coordenador técnico do projeto Metrobel, Antônio Abelém; o coordenador nacional da iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), José Luiz Ribeiro Filho; o reitor da UFPA, Alex Fiúza de Melo; e a diretora do Museu Emílio Goeldi, Ima Célia Vieira. Estavam presentes na platéia, entre outros, Ênio Candotti, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; Augusto Cesar Gadelha Vieira, do Ministério da Ciência e Tecnologia; Hélio Chaves Filho, do Ministério da Educação; e Francisco Campos, do Ministério da Saúde.

A Metrobel surgiu da necessidade de se conectar as instituições de ensino e pesquisa paraenses com qualidade. Foi uma solução pensada a partir da carência de infra-estrutura de telecomunicações disponível na região. O modelo prevê a formação de um consórcio para implantação de uma rede própria de fibra óptica com capacidade mínima de 1 Gbps (gigabit ethernet). O projeto serviu de inspiração para a criação da iniciativa Redecomep, que visa a construir mais 26 redes semelhantes em todos os estados do país e no Distrito Federal.

Inclusão digital e interiorização

Ana Julia Carepa frisou em seu discurso que a Metrobel "é um projeto que vai dar frutos de médio e longo prazo e tirar o Pará da sua condição de periferia". A governadora paraense disse que pretende fazer um governo de transformação e que "um estado sem inovação tecnológica não transforma". Foi secundada por seu secretário de C&T, Maurílio Monteiro, que afirmou ser possível superar a condição de periferia do Pará através da comunicação.

Ana Julia Carepa, governadora do Pará, e Alex Fiúza de Melo, reitor da UFPA.

Avílio Franco acredita que a Metrobel é um primeiro passo no sentido da democratização dos recursos de rede. Ele disse que é necessário interiorizar a rede, levando a tecnologia a pesquisadores e a comunidades em localidades remotas. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, afinada com esta idéia, pretende iniciar uma fase 2 da Redecomep, criando redes ópticas fora das capitais (das 26 redes metropolitanas em construção, apenas uma não está sediada em capital de estado, a rede de Campina Grande, na Paraíba).

A mesma idéia é defendida pelo reitor da UFPA, Alex Fiúza de Melo. "Nós temos que pensar um projeto de conexão inclusivo e levar a rede para o interior", disse Melo. A governadora do Pará promete a expansão da rede rapidamente em seu estado. "Com o convênio com a Eletronorte, nós vamos conseguir que a Metrobel chegue ao estado inteiro", garantiu.

Colaboração é chave

O modelo de autogestão adotado exige a colaboração entre os participantes dos consórcios nos estados. Todos os que passaram pela experiência de construção da Metrobel frisaram que ela não seria possível sem a cooperação das pessoas envolvidas. "Esta rede é um exemplo de como, rompendo barreiras de vaidades, é possível produzir cooperação em benefício da população", assinalou Maurílio Monteiro. Alex de Melo também lembrou a cumplicidade dos participantes do projeto e Ana Julia Carepa fechou com chave de ouro: "que bom que nós pudemos escrever juntos uma nova página da história", discursou.

Michael Stanton, Diretor de Inovação da RNP.

Uma história que começou há muitos anos e que foi lembrada com emoção pelo diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton. Ele lembrou da primeira conexão do Museu Emílio Goeldi à Internet, no final dos anos 1980, antes de ser criada a rede brasileira. Stanton falou das dificuldades em se conectar as instituições da Amazônia entre si e com o resto do país e de como a idéia da Metrobel surgiu de uma iniciativa pioneira da Universidade Federal Fluminense, que havia montado sua rede de campus com uso de fibras ópticas próprias.

Uma história que continuará pelos próximos anos, com a inauguração das demais 26 redes metropolitanas da Redecomep (até o primeiro semestre de 2008) e com a interiorização prevista em uma segunda fase do projeto.

[RNP, 29.05.2007]

Consulta em noticias

 


Veja também:

Site do 8º Workshop RNP

A Metrobel foi lançada durante o evento da RNP, em Belém, no dia 28 de maio de 2007


Outras referências:

Redecomep

Site da iniciativa de Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa