| Pesquisadores desenvolvem chip mais complexo do país com apoio da RNPBrazil IP Network capacita pessoal em projetos de hardware Pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), envolvidos no projeto Brazil IP Network – um consórcio formado por oito universidades -, desenvolveram o circuito integrado mais complexo do Brasil, o MPEG-4. O objetivo da iniciativa, que faz uso da rede Ipê – da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) -, é formar pessoal qualificado em projeto de hardware no país. A quantidade de componentes do circuito (ou chip) MPEG-4 impressiona: são 400 mil transistores, 60 mil portas lógicas e 80 mil fios elétricos, tudo isso dentro de minúsculas dimensões, que são de 4mm x 5mm. “Fomos elogiados, recentemente, por uma das maiores empresas fabricantes de semicondutores do mundo, numa apresentação na Itália”, conta o coordenador do projeto e professor do Departamento de Sistemas de Computação da UFCG, Elmar Uwe Kurt Melcher. Ele diz que o apoio da RNP foi fundamental para a troca de informações entre todos os participantes do Brazil IP Network: UFCG, UFPE, Unicamp, USP, UFRGS, UFMG, UnB e PUC-RS. “Com a rede, foi possível abrir e transferir arquivos de dados para as outras equipes”, explicou. Como nos últimos quatro anos os pesquisadores usaram software cedido, a custo simbólico, por empresas, o que os impede de comercializar o chip com função de decodificação de vídeo MPEG-4, a transferência de tecnologia para a indústria terá de esperar a nova fase do projeto, na qual serão usadas ferramentas com licença comercial. “A fundação Lincs/Cetene, financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, está interessada em nosso circuito, afinal, mostramos dominar essa área de chip digital”, afirma. A iniciativa contou com o trabalho de mais de 80 graduandos das áreas de Engenharia Elétrica e de Computação. A preocupação de Elmar agora é a renovação das bolsas concedidas pelo CNPq/MCT, no mês de dezembro. “Precisamos da prorrogação do projeto para continuar qualificando essa mão-de-obra tão bem-vinda ao mercado brasileiro”, afirma. [RNP, 22.10.2007] |