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RNP é vista como referência para iniciativas internacionais

Rede brasileira é elogiada em eventos no México

O convite para a participação da RNP em dois eventos no México teve a mesma justificativa dos organizadores: dividir, com os parceiros internacionais, a bem-sucedida experiência da instituição com a comunidade acadêmica e de pesquisa brasileira. Nos dois workshops, com duração de 22 a 27 de outubro, o diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton, destacou o importante papel governamental no apoio à rede de ensino e pesquisa no Brasil, desde 1989. “Nenhuma outra rede de pesquisa na América Latina tem contado com um apoio oficial tão consistente e a longo prazo quanto em nosso país”, afirma.

No workshop Eela, Michael falou dos avanços da rede Ipê e da Redecomep. No intervalo entre os dois eventos, ele foi convidado a participar de uma reunião na Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), para discutir o plano para o desenvolvimento de um projeto de grade computacional (Delta Metropolitana) que deverá unir as três principais instituições públicas de pesquisa e educação da Cidade do México: Unam, Universidade Autônoma Metropolitana (Uam) e Centro de Pesquisa e de Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional (Cinvestav). Os envolvidos no projeto queriam saber quais as tecnologias mais adequadas para as conexões, entre outros.

As dificuldades de comunicação enfrentadas pela comunidade de físicos de altas energias foram discutidas no Workshop Internacional para Inclusão Digital em e-Ciência, na Universidade Ibero-Americana. Várias redes acadêmicas da América Latina, bem como de outras regiões do mundo, foram apresentadas no evento organizado pelo Comitê Internacional para Futuros Aceleradores (Internacional Commitee for Future Accelerators – ICFA).

Michael destacou, na ocasião, os planos da RNP em construir redes híbridas, que, além de usar comutação de pacotes (para tráfego mais tradicional), contará com circuitos dedicados fim-a-fim. Em síntese, este tipo de rede possibilita uma transmissão de dados mais estável, sem interrupções. As redes híbridas já existem em países como o Canadá, Estados Unidos e Japão, além de boa parte da Europa. “Poderemos usá-las em aplicações que necessitem de alta capacidade de tráfego, como as de física e astronomia, e em transmissões de vídeo em tempo real”, explica.

Ainda durante o evento, o professor de Física do Instituto de Tecnologia da Califórnia (California Institute of Technology – Caltech), Harvey Newman, que acompanha o desenvolvimento da RNP desde 2004, fez uma apresentação inicial sobre o progresso no uso de redes pelos físicos em todo o mundo. Ele citou a RNP como referência na América Latina, por oferecer os recursos adequados às aplicações e aos projetos de que participam.

[RNP, 08.11.2007]