| Projeto internacional voltado à e-ciência é lançadoBrasil tem ampla participação no Eela-2 Financiado pela Comissão da União Européia, o projeto Eela-2 ((Grade de E-ciência para Europa e América Latina)) foi lançado, oficialmente, em encontro realizado entre 20 e 23 de abril, em Trujillo, na Espanha. O Brasil conta com a maior parte dos participantes (entre universidades e centros de pesquisa) na iniciativa: 15 do total de 53 instituições de 14 países. Com a coordenação do Centro de Pesquisas Energéticas, Ambientais e Tecnológicas (Ciemat), localizado na Espanha, o projeto Eela-2 visa à construção de uma infra-estrutura de grade de alta capacidade e com produção de qualidade. O objetivo é fornecer acesso, 24 horas por dia, aos recursos distribuídos de computação, armazenamento e rede necessários a aplicações geradas por colaborações científicas européias e latino-americanas. O financiamento, na ordem de dois milhões de euros, contemplará áreas como a biomedicina, física de altas energias, ciências da Terra e clima, entre outras. O projeto antecessor, o Eela, durou de janeiro de 2006 a dezembro de 2008 e construiu uma infra-estrutura de grade composta por 16 centros de computação que, juntos, disponibilizam um total de 730 CPUs e 60 Terabytes de armazenamento. O projeto Eela mostrou que o desenvolvimento de uma ciberinfra-estrutura entre a Europa e a América Latina é viável e responde a uma real necessidade da comunidade científica. O Eela-2 busca a expansão da infra-estrutura do projeto Eela, construída sobre as redes nacionais de ensino e pesquisa Géant2 (européia) e Rede Clara (latino-americana), de forma a se tornar um instrumento para a e-ciência. Nessa nova fase, o projeto contará com 700 Terabytes de armazenamento. Para os próximos dois anos, o desafio é a expansão do sistema de informação desenvolvido pelo projeto Eela e a consolidação de uma ciberinfra-estrutura de produção, ou seja, de alta capacidade e com um serviço regular, sem interrupções, para atender a comunidade envolvida, cada vez com um maior número de participantes. Outros objetivos são o apoio ao desenvolvimento de novas aplicações de grade, a colaboração com a Rede Clara e as redes nacionais de pesquisa dos países da América Latina e o estabelecimento do suporte para manter tal ciberinfra-estrutura. O projeto Eela recebeu a maior avaliação possível da Comissão da União Européia. Como seu predecessor, o Eela-2 propõe-se a reduzir, a longo prazo, a defasagem existente entre os países da América Latina e da Europa. “O Eela-2 deve garantir, no futuro, a auto-sustentabilidade dessa infra-estrutura, por meio da consolidação de grades nacionais nos países envolvidos”, afirma o gerente de Projetos de Tecnologias de Informação e Comunicação da RNP, Marcio Faerman. As grades e o projeto EelaAs redes já possibilitam o uso remoto de computadores para a resolução de problemas científicos. As grades vão além: viabilizam o uso intensivo de computadores remotos, permitindo seu compartilhamento por vários usuários e suportando o uso simultâneo de dezenas ou centenas de computadores em um ou mais centros computacionais. Com isso, problemas científicos de grande porte são solucionados. O Eela tem como objetivo demonstrar o potencial para esta abordagem computacional na América Latina. Membros do Eela-2Cinqüenta e três instituições de 14 países (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, França, Peru, Equador, Venezuela, Cuba, Portugal, Espanha, França, Itália e Irlanda) participam do EELA-2. Do Brasil, participam Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet)-RJ, Unilasalle, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto do Coração (InCor)/USP, Instituto Militar de Engenharia (IME), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Observatório Nacional (ON), Sprace, e as universidades de Brasília, Federal do Rio de Janeiro, Federal de Campina Grande, Federal Fluminense, Federal de Juiz de Fora e a Presbiteriana Mackenzie. Links úteis:Portal do Eela-2: http://www.eu-eela.eu [RNP, 12.06.2008] |