| Projeto Futura RNP completa um ano com reunião em RecifeEncontro ocorreu na véspera do Workshop RNP Foi realizada no último dia 24/5, em Recife (PE), a reunião que marcou o primeiro ano do projeto Futura RNP. O projeto, coordenado pela RNP, lança as bases para a próxima geração da rede acadêmica brasileira, que terá arquitetura híbrida. Além da equipe de Inovação da RNP participaram do encontro representantes de redes acadêmicas internacionais (NRENs) e pesquisadores de todo o Brasil, incluindo aqueles pertencentes às instituições que são parceiras da RNP na condução deste projeto: Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), em Campinas; da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade Salvador (Unifacs), da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e das universidades federais do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); do Pará (UFPA); do Espírito Santo (Ufes); Fluminense (UFF); do Rio de Janeiro (UFRJ); de Santa Catarina (UFSC); e do Rio Grande do Sul (UFRGS). O objetivo principal do evento, que ocorreu na véspera do 10º Workshop Anual da RNP (WRNP), foi reunir os envolvidos no projeto Futura RNP para a apresentação do status dos diversos estudos feitos no escopo do projeto. A ocasião serviu também para a troca de experiências e planejamento dos próximos passos no escopo do Futura RNP. O projeto Futura RNP é dividido em quatro grupos centrais de estudo, responsáveis por gerar os subsídios para o novo desenho da rede: Comunidades de Usuários (1); Infraestrutura (2); Arquitetura e Tecnologias de Redes (3) e Suporte para Aplicações de Usuários (4). A reunião deste dia 24 foi focada nos estudos do grupo 3, que pesquisa o aprovisionamento dinâmico de circuitos (fundamental para as redes híbridas) e também os temas que permeiam o assunto, tais como gerenciamento e monitoramento de rede, recuperação de falhas, segurança, entre outros. Experiência internacionalA reunião do projeto Futura RNP contou também com a presença de representante das redes acadêmicas dos países nórdicos (NORDUnet), Jerry Sobieski, e grega (GRNET), Afrodite Sevasti. Sobieski relatou a experiência da NORDUnet em relação a arquitetura híbrida e aprovisionamento dinâmico de circuitos através da tecnologia Dragon. Apresentou também alguns pontos que precisam ser estudados para refinar a tecnologia para o aprovisonamento dinâmico de circuitos fim-a-fim, como debugging e configuração automática, por exemplo. O representante da rede nórdica encerrou sua apresentação falando sobre a FENRIR (Federal Experimental Network Resources for International Research), um projeto coordenado pela NORDUnet que tem o objetivo de unir as redes acadêmicas de todo o mundo a fim de desenvolver pesquisas na área de redes. Depois de uma visão geral do projeto e de seus participantes, Sobieski acenou com a possibilidade do Brasil, através da RNP, se juntar a FENRIR. Afrodite Sevasti, representante da rede grega GRNET, apresentou a experiência da Géant (rede pan-europeia) com a tecnologia de aprovisionamento dinâmico de circuitos conhecida como Autobahn. Sevasti deu exemplos de aplicações que estão sendo beneficiadas com o uso desta tecnologia e abordou também algumas questões de interoperabilidade e padronização, fundamentais no caso da Géant, formada por diversas redes heterogêneas. Rede CipóA última sessão do evento foi dedicada a troca de ideias sobre a rede Cipó, a rede experimental que está sendo criada para testar tecnologias de redes híbridas para a próxima geração da rede Ipê. Foram discutidas as tecnologias que serão usadas na implantação da rede Cipó, assim como a topologia, os equipamentos, os softwares e as configurações mais adequados à mesma. Como os laboratórios que integrarão esta rede se encontram em níveis diferentes de disponibilidade de equipamentos, o grupo está trabalhando para minimizar esta discrepância, de modo a criar uma rede experimental onde todos possam colaborar e se beneficiar mutuamente. Redes Híbridas - saiba maisEm uma rede híbrida, uma mesma infraestrutura de comunicação é usada simultaneamente para prestar o tradicional serviço de roteamento de pacotes IP (como o atualmente feito pela rede Ipê) e, adicionalmente, o aprovisionamento de circuitos fim-a-fim, normalmente dedicado apenas a aplicações selecionadas. O aprovisionamento deste tipo de circuitos já é realizado há alguns anos, mas apenas de maneira manual, tornando-se uma atividade complexa, demorada e sujeita a erros. O grande objetivo do momento é tornar automático o aprovisionamento dos circuitos fim-a-fim, permitindo que ele seja feito sob demanda e de maneira agendada. As duas principais opções tecnológicas para isto atualmente são o Dragon, usado majoritariamente nos EUA, e o Autobahn, mais difundido na Europa. Escolher qual opção será melhor para a rede acadêmica do Brasil é um dos objetos de estudo do projeto Futura RNP. [RNP, 24.05.2009] |