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Grupos de Trabalho de aplicativos se apresentam no 11º WRNP


A segunda metade das apresentações dos Grupos de Trabalho (GTs) da RNP no 11º WRNP ficou a cargo dos grupos que focados no desenvolvimento de aplicativos.

O primeiro a se apresentar foi o Grupo de Trabalho de Realidade Mista (GT-RM) cuja exposição ficou a cargo do professor Rummenigge Hudson Dantas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O grupo desenvolve um conjunto de ferramentas que compõem um sistema para criação de realidade mista voltado para a educação a distância. O sistema é dividido em dois módulos, um de realidade aumentada, outro de virtualidade aumentada.

“O módulo de realidade aumentada é formado por ferramentas de processamento de imagens, que utilizam câmeras para captura de papéis com marcações especiais. Através de algoritmos de processamento, estas marcações são convertidas em imagens 3D, que são aplicadas sobre a imagem do mundo real. Na tela do monitor é apresentada a união do real com o virtual”, explicou Rummenigge.

Já o módulo de virtualidade aumentada utiliza dados do mundo real para aprimorar o mundo virtual. O ambiente virtual é baseado na plataforma desenvolvida pelo GT Museus Virtuais (GT-MV), que possibilita a exibição de vídeos dentro do ambiente virtual. Segundo Rummenigge, o sistema tem aplicação sobretudo em aulas de anatomia, de engenharia mecânica, arquitetura e artes.


GT-MDA 2

A coordenadora do grupo, Tatiana Aires Tavares, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), fez a apresentação do Grupo de Trabalho de Mídias Digitais e Arte (GT-MDA 2). “Nosso GT tem o objetivo de mesclar ambientes reais e virtuais e aprimorar a interação homem-computador”, contou Tatiana.

O grupo surgiu da necessidade de criar um processo sistêmico para prover infraestrutura tecnológica que forneça uma base ferramental imprescindível para apoiar a realização de atividades artístico-tecnológicas, como os espetáculos de dança telemática Versus, (In)TOQue e e-PorMundos, em que uma dançarina em Barcelona interagia com outra em Fortaleza.

“Para tanto, desenvolvemos uma ferramenta, a Arthron, que visa oferecer ao usuário uma interface simples para manipular diferentes fontes e fluxos de mídia simultâneos. Ela é formada por duas camadas principais: os encoders e os decoders”, explicou a coordenadora do GT. Tatiana também ressaltou que a Arthron pode ser utilizada em outros contextos de manipulação de mídias digitais em tempo real e pré-gravadas, como na TV digital e na telemedicina.


GT-CWTools

O próximo GT a se apresentar foi o Collaborative Web Tools – componentes de software para interação social e inteligência coletiva (GT-CWTools). A apresentação foi feita pelo coordenador do grupo, Marco Aurélio Gerosa, do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME/USP).

“A web hoje é colaborativa. Os sites de comércio eletrônico, por exemplo, passaram a oferecer suporte para avaliação, resenha e recomendação, entre outras funcionalidades. Os sistemas web 2.0 melhoram conforme mais usuários interagem e contribuem. Uma ‘inteligência coletiva’ é construída a partir da análise da interação dos usuários”, disse Marco Aurélio.

O GT atua no desenvolvimento de novas aplicações para a infraestrutura de execução e kits de componentes para a construção de sistemas colaborativos desenvolvida pelo projeto Groupware Workbench. O objetivo é oferecer suporte à construção de redes sociais e ao processamento de dados que visem a construção da inteligência coletiva.

O grupo vem desenvolvendo três estudos de caso: a construção de uma rede social para o estudo colaborativo da arquitetura brasileira por meio de imagens; implantação do suporte à inteligência coletiva e à interação social no site do curso de jornalismo da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); e a implementação de um balcão de dúvidas sobre softwares livres no Centro de Competência em Software Livre (CCSL) do IME/USP.


GT-FEB 2

O Grupo de Trabalho Federação de Repositórios Educa Brasil (GT-FEB 2) também foi apresentado por sua coordenadora, a professora Rosa Maria Viccari, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Surgem cada vez mais objetos digitais com conteúdos educacionais, que precisam ser armazenados, catalogados e disponibilizados na web para permitir seu compartilhamento, recuperação e reutilização. Para solucionar esta demanda, surgem diversos repositórios de objetos de aprendizagem disponíveis na internet”, explicou a coordenadora.

A Federação de Repositórios Educa Brasil (FEB) foi criada para organizar vários repositórios em uma federação (sistema hierárquico), permitindo o acesso a eles a partir de um único portal web. O portal classifica os resultados das buscas conforme o nível de similaridade, usando métodos de recuperação de informações, por meio de um sistema de ponderação de termos e associação de palavras similares.

No módulo administrativo, o portal também possibilita a criação de uma federação de federações, estabelecendo uma confederação de repositórios de objetos de aprendizagem. Isso permite segmentar a administração de repositórios em regiões, o que proporciona autonomia entre eles sem perder a facilidade da busca centralizada. A FEB vem sendo testada com repositórios de instituições e iniciativas como: Biblioteca Nacional, Banco Internacional de Objetos Educacionais e Projeto ARCA (promovido pela RedIRIS, a rede acadêmica da Espanha).

[RNP, 24.05.2010]

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