| Conectividade em pautaSegundo dia do 11º WRNP traz sessão sobre infraestrutura O segundo dia de palestras do 11ºWRNP começou com uma sessão sobre infraestrutura. A primeira palestra foi a do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP, Michael Stanton, que falou sobre a conectividade internacional da rede acadêmica coordenada pela RNP. Stanton iniciou sua apresentação falando um pouco sobre a história da Internet. Ele explicou que a comunicação internacional hoje se dá através de duas redes Internet internacionais: a Internet commodity, que conecta provedores comerciais, e a Internet de colaboração, que conecta as redes acadêmicas. Falando especificamente sobre a conectividade internacional da RNP, Stanton lembrou que em 2000 a rede coordenada pela organização possuía somente uma conexão de 155 Mbps à Internet commodity. Em 2001 veio a primeira conexão de colaboração internacional com a Internet2 (45 Mbps), ligando São Paulo a Miami via projeto Ampath. O diretor explicou que em 2009 a RNP adotou um novo modelo, deixando de contratar as conexões commodity no Brasil e passando a contratá-las em Miami, a 10% do preço. Isto possibilitou que no último ano fosse contratado um circuito de 10 Gbps entre SP e Miami. No mesmo ano, a ANSP também adotou este modelo. Com isto, as duas instituições hoje partilham uma capacidade de 20 Gbps, das quais 4 Gbps são destinados ao tráfego commodity e o restante fica disponível para colaboração. Stanton ressaltou que este aumento significativo de conectividade permite usos antes impossíveis para a rede, como transmissão de vídeos 4k, videoconferências em HD e troca de grande volume de dados. Sobre perspectivas futuras, ele explicou que atualmente a RNP estuda maneiras de aumentar a proteção da rede para impedir que incidentes como o de janeiro deste ano, quando o corte de um cabo submarino perto de Recife prejudicou 15 Gbps da conectividade durante um mês, afetem a capacidade de conexão. Evolução da rede IpêA palestra seguinte foi a do diretor de Engenharia e Operações da RNP, Alexandre Grojsgold, que falou sobre a evolução da rede Ipê, a atual infraestrutura de Internet acadêmica administrada pela RNP. Grojsgold exibiu uma linha do tempo das redes da RNP, começando com o primeiro backbone, de 1992, cujos enlaces tinham capacidade agregada de pouco menos de 400 Kbps. Em 2001 foi lançado o backbone RNP 2, com velocidade agregada de 200 Mbps. A rede Ipê existe desde 2005 e tem como uma de suas principais características os enlaces multigigabit. O diretor continuou sua apresentação falando sobre as perspectivas da rede Ipê para 2010. Por meio de um acordo com a Oi, o número Pontos de Presença (PoPs) da RNP interligados com conexões multigigabit vai aumentar de 10 para 24, com 9 PoPs conectados a 3 Gbps e 15 a 10 Gbps. A previsão é que estas novas conexões sejam ativadas ainda este ano. Ele ressaltou que os recursos economizados com este acordo serão realocados nos investimentos na interiorização da rede da RNP. O ponto seguinte da apresentação foi justamente esta interiorização. Grojsgold mostrou o plano operacional da RNP para 2010. As metas incluem a conexão de 25 sedes de universidades federais no interior, 11 institutos de pesquisa dos ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC), 107 pontos de Institutos Federais e 77 campi de universidades federais. Política de Inovação e P&D da OiDepois de Grojsgold, foi a vez de Marcio Antonio Bernardi, da área de Inovação e Pesquisa & Desenvolvimento da Oi, fazer sua exposição. Bernardi explicou que o acordo com a RNP está inserido em um compromisso maior, que envolve ações de apoio à P&D junto a outros centros de excelência, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). Segundo ele, os programas de P&D da Oi também beneficiam a indústria nacional, instituições de fomento e empresas do ambiente produtivo. Bernardi finalizou sua apresentação mostrando cases de P&D da empresa, como o Guia de Integração, Gestão e Administração Pública Baseada em Tecnologia (Oi Giga), que propõe soluções para questões de educação, saúde e segurança. RedeH Futura RNPA sessão Infraestrutura Hoje e Amanhã foi finalizada com a apresentação do projeto RedeH FuturaRNP, feita em conjunto pela diretora-adjunta de Internet Avançada da RNP, Iara Machado, e pelo pesquisador José Rezende, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O projeto é uma prospecção tecnológica que será a base do planejamento da sexta fase de evolução da rede da RNP, a ser lançada entre 2010 e 2011. A nova rede terá arquitetura híbrida, sendo usada ao mesmo tempo para prestar o tradicional serviço de pacotes IP e para o aprovisionamento de circuitos fim a fim (ou lightpaths), geralmente utilizados em aplicações que exigem qualidade de serviço e que demandam grande uso de banda. Uma característica marcante das redes híbridas é que nelas o aprovisionamento de lightpaths é feito de forma automatizada (dinâmica), em substituição ao aprovisionamento manual, que além de lento e trabalhoso, é sujeito a erros. Rezende explicou um dos subprojetos do RedeH-Futura RNP, que estuda algumas das soluções atualmente usadas em outras redes acadêmicas para o aprovisionamento dinâmico de circuitos. A ideia é avaliar qual delas será melhor aplicada à rede acadêmica brasileira coordenada pela RNP.A apresentação de Rezende incluiu uma rápida demonstração de aprovisionamento dinâmico de circuitos, feita na rede experimental Cipó, construída especialmente para ser o testbed deste projeto. Os participantes do projeto RedeH FuturaRNP se reuniram na véspera do 11º WRNP. Para conferir a cobertura deste encontro, assim como detalhes do projeto, clique aqui. [RNP, 26.05.2010] |