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VI Encontro Redecomep

Ferramenta para gestão da rede é apresentada e gestores de diferentes redes metropolitanas detalham suas experiências


O VI Encontro Redecomep reuniu coordenadores técnicos e administrativos das Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep) de todo o país no dia 27/5, em uma das salas paralelas do 11º WRNP.

“O nosso objetivo é compartilhar experiências, não somente da área técnica mas também dos campos político e administrativo. E principalmente por parte daqueles que já estão operando as redes Metro”, resumiu José Luiz Ribeiro Filho, diretor de Serviços e Soluções da RNP, na abertura do encontro.

Na palestra “Gestão do Patrimônio Óptico das Redecomep”, mediada por Antonio Carlos Nunes, diretor adjunto de Gestão de Serviços da organização, foi apresentada uma nova ferramenta para gestão da rede, em que é possível identificar a situação de cada cabo de fibras ópticas. Desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), a plataforma ainda está sendo testada.

“A nossa motivação foi que, embora o processo de gestão da implantação das Redecomep esteja bem consolidado, a pós-implantação precisa ser aprimorada. Queremos criar um sistema para acompanhar todo o ciclo de vida, que possa inventariar e retratar o patrimônio óptico e facilitar a manutenção”, explicou Celso Barbosa, gerente de projetos da Diretoria Adjunta de Soluções da RNP.

A ferramenta foi demonstrada por Helmann Penze, da Diretoria Adjunta de Engenharia, e permite integração com Google Earth e AutoCad para visualização do mapa da rede, além de ser acessível pela web. Qualquer ação na rede é registrada em uma ordem de trabalho, atualizadas em tempo real. “Toda a informação técnica é incluída, e tudo que se faz é ‘amarrado’ a uma ordem de trabalho”, afirmou Helmann, ressaltando a transparência da plataforma.

Dia a dia de um NOC

O painel “Modelos de administração de rede: o dia a dia de um NOC” teve os coordenadores técnicos e administrativos discursando sobre a gestão do Centro de Operações de Rede (NOC, na sigla em inglês). Sérgio Fialho, presidente do comitê-gestor da GigaNatal e coordenador administrativo do PoP-RN, falou sobre a administração conjunta do NOC e do PoP na rede potiguar.

“De início, íamos manter separadas as administrações de NOC e PoP. Mas após dois anos de operação, notamos que são serviços complementares, com necessidades parecidas. Integramos as equipes e otimizamos recursos”, contou.

Fialho lembrou que teve dificuldades em encontrar um modelo jurídico que atendesse a todas as instituições conectadas, então o NOC foi configurado como programa de extensão da UFRN. O modelo funcionou bem de início, com auxílio da fundação universitária para arrecadar fundos e firmar contratos. Mas uma mudança na legislação limitou estas ações, e hoje todos os contratos são administrados pela universidade, que repassa ao NOC os recursos para despesas de pessoal. O modelo é considerado pouco prático e de autonomia limitada.

José Wilson Nascimento, do PoP-DF, fez uma apresentação técnica sobre a Redecomep do Distrito Federal, apresentando o mapa da rede, que contorna o plano-piloto de Brasília, garantindo a redundância. Nascimento mostrou alguns incidentes de interrupções na rede e como eles foram tratados. Também deu ênfase a expansão da rede, que conectará os campi da UnB em Planaltina , Gama e Ceilândia.

O coordenador técnico do PoP-SP, Jairo Carlos Filho, abordou o perfil atípico da MetroSampa, que alugou fibras já disponíveis em São Paulo, sem precisar montar a rede. O custo é equivalente e no contrato foram incluídas a manutenção e outras facilidades. Até o fim de 2010, a rede deve contar com 19 pontos.

“Do ponto de vista de gestão, todas as ações são coordenadas pelo PoP. A rede está crescendo e precisamos estabelecer um acordo formal de gestão. Acredito que o ideal é deixar o PoP como gestor, mas são necessários recursos.”, exemplificou.

As apresentações dos NOCs foram encerradas por Allan Freitas, coordenador técnico da Rede de Metropolitana de Salvador (Remessa). O coordenador resumiu as atividades do NOC em três palavras: gestão, ferramentas e recursos humanos. “Definimos o nosso trabalho como provedor de telecomunicações, de conectividade física. Roteamento e problemas de segurança não são conosco” definiu Freitas.

Demais apresentações

A manhã do VI Encontro Redecomep contou com a participação de Joaquim Fanton, que coordenou a auditoria técnica da Metrovix, a rede metropolitana de Vitória, realizada como projeto-piloto. “A maioria das irregularidades é causada por falta de manutenção preventiva. As dicas que eu deixo para as próximas auditorias são chegar em campo com a medição das fibras e contar com a assistência técnica de alguém familiarizado com a rede”, disse.

Participaram também Marco Aurélio Montoro, coordenador técnico do projeto Redecomep, que listou os status das redes já inauguradas e as que estão por inaugurar, e Alexandre Alvarez, engenheiro de sistema da Extreme Networks, que abordou as redes Ethernet de transporte e como elas estão sendo preparadas para o grande aumento no uso de banda previsto para os próximos anos.

[RNP, 27.05.2010]

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