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Iniciativas do governo em Segurança da Informação e Comunicação

Palestrantes destacam a importância de conscientizar os usuários


A segunda sessão do debate sobre segurança de redes, realizado nesta quarta-feira, no 16º Seminário de Capacitação e Inovação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (SCI/RNP), abordou a questão da segurança da informação e comunicação na administração pública federal.

O coordenador geral de Tratamentos de Incidentes de Segurança do Departamento de Segurança da Informação e Comunicação do Gabinete de Segurança da Informação da Presidência da República (DSIC/GSI), Eduardo Wallier, mostrou como é feita a coordenação da inteligência federal no que tange às atividades de segurança de informação. Ele afirmou que a criação de uma cultura de segurança na administração pública do Brasil é difícil, dada a estrutura desta, composta por 39 ministérios, 6 mil entidades públicas, mais de 920 mil servidores no executivo e 12 mil sites com o domínio .gov.br.

Para coordenar e solucionar os problemas de rede, foi criado, em 2004, o Centro de Tratamento de Incidentes de Segurança em Redes de Computadores da Administração Pública Federal (CTIR.Gov), que tem como missão operar e manter a rede CTIR.Gov. Segundo Wallier, para garantir a segurança cibernética no âmbito federal, “é extremamente importante fazer a interface política, para mobilizar os ministérios e instituições em prol de uma cultura de segurança. No último um ano e meio, procuramos agir na base de dados onde os atacantes estão instalados. Por isso, precisamos de relacionamento e habilidade política”.

Na mesma rodada de bate-papo, o assessor jurídico da DSIC/GSI, Gerson Charbel, ressaltou que “atualmente, o bem maior é a informação e ela deve ser protegida. O potencial lesivo da informação é tão relevante que a jurisprudência vem considerando a responsabilização, de forma ampla, no âmbito administrativo, judicial ou penal, de quem omitiu ou agiu mal na rede”.

O assessor explicou que, apesar de os crimes estarem acontecendo on-line, a apuração destes ainda é off-line. “Sempre há o elemento recursos humanos. Nenhuma ação será eficaz contra a quebra de segurança se não conscientizarmos quem está sentado entre o teclado e a cadeira”, defendeu.

[RNP, 21.10.2010]

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