| Inovação, incluída no nome do MCT, tem força desde o início da gestãoMCTI 11.08.2011 Inovação, palavra recém-incorporada ao nome do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), vem sendo um elemento constante nos discursos do ministro Aloizio Mercadante e também em medidas concretas desde que ele assumiu a pasta. O nome foi alterado para Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no dia 2/8, pela presidente Dilma Rousseff, durante o lançamento do Plano Brasil Maior. A mudança faz parte da Medida Provisória 541, publicada no dia seguinte, que também incentiva exportações e reestrutura o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro/MDIC). A página eletrônica e os materiais do ministério estão sendo atualizados em função da alteração. No lançamento do plano, Mercadante comentou que o país será competitivo se tiver capacidade de inovar, se mudar a cultura passiva diante da tecnologia. Para isso, precisamos também de parcerias criativas entre o Estado e o setor privado, acrescentou. Recursos e estruturaPromover essa dimensão é um dos principais objetivos da Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação na Indústria (Embrapii), com intenção de criação oficializada em memorando de intenções assinado entre o ministério e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 3/8. A ideia é seguir o modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Só lidera quem inova, defendeu o ministro na assinatura. O documento prevê a criação de um grupo de trabalho para desenvolver o projeto piloto. Outra medida que marca essa ênfase é o fortalecimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT). Aloizio Mercadante comemorou os novos créditos aprovados para a agência, de R$ 2 bilhões. Estamos falando de R$ 5 bilhões [no total], cinco vezes mais do que os valores do ano passado. Isso mostra claramente o compromisso de aprofundar os esforços em direção da inovação, avaliou. Mais um reforço de peso é o programa Ciência Sem Fronteiras, parceria com o Ministério da Educação com a meta de financiar 75 mil bolsas de estudos para alunos brasileiros nas melhores universidades do mundo, como destacou o ministro. O apoio abarca graduação, doutorado e pós-doutorado, bem como estágios em empresas estrangeiras e atração de lideranças científicas renomadas com o fim de repartir conhecimento com pesquisadores do país. SustentabilidadeJá em seu discurso de posse, em janeiro, Mercadante anunciou que pretendia trabalhar para aumentar o volume de investimentos no setor e na inovação. Temos todo o potencial para ser o primeiro país tropical desenvolvido, se efetivamente avançarmos rumo à sociedade do conhecimento e à sustentabilidade ambiental", disse. No Seminário Brasil do Diálogo, da Produção e do Trabalho, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em maio, Mercadante alertou para o risco de o país se acomodar como exportador de commodities (produtos agrícolas e minerais). Economia do futuro é uma economia do conhecimento, enfatizou. Ele também avaliou que investimento externo é desejável, desde que traga tecnologia, que fortaleça as empresas daqui. Esse cuidado perpassou as negociações para a fabricação de tablets no país, que envolverá progressivo uso de componentes nacionais. |