| Rede acadêmica é ampliada em AlagoasCapacidade da rede acadêmica nacional passou de 34 Mbps para 10 Gbps no Estado RNP com colaboração da Assessoria de Comunicação da UFAL e FAPEAL 16.11.2011 A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) ampliou a capacidade da rede acadêmica nacional, a rede Ipê, em Alagoas, de 34 Mbps para 10 Gbps. Lançada em 2005, a primeira rede óptica nacional acadêmica da América Latina teve sua capacidade total agregada ampliada em 280% desde o ano passado, de aproximadamente 60 Gbps para 230 Gbps. A solenidade de entrega da nova capacidade da Rede Ipê em Alagoas aconteceu no dia 7/11, na Sala dos Conselhos Superiores, no prédio da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Além de membros da Universidade, contou com a presença da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), que sedia o Ponto de Presença (PoP) da RNP no Estado. O assessor especial da Fapeal e coordenador administrativo do PoP-AL, Georginei Neri, relatou alguns desafios encontrados ao assumir a gestão do PoP. Entre 2008 e 2010, fizemos um grande esforço para entender o funcionamento do PoP e procuramos interagir com a RNP para que Alagoas efetivamente tomasse posse daquilo que já tinha em mãos. Tínhamos limitações com a instabilidade no fornecimento de energia elétrica, por exemplo. Com a parceria estabelecida entre o Governo do Estado, por meio da FAPEAL, e a RNP, as soluções foram aparecendo, disse. Apesar da pequena equipe de que dispomos, procuramos atender não apenas as demandas do PoP, como também outras relacionadas à tecnologia da informação e comunicação do Estado. E o fazemos porque acreditamos que essa parceria entre órgãos como a Fapeal e a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (SECTI), junto com a UFAL, é importante para o desenvolvimento de Alagoas, disse a presidenta da FAPEAL, Janesmar Cavalcanti. A ampliação da Rede Ipê e inauguração da sexta geração da Internet no país pela RNP foi possível graças ao acordo de cooperação firmado em maio de 2010 com a empresa de telecomunicações Oi. O acordo foi resultado de um compromisso entre a empresa e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na época da compra da Brasil Telecom (BrT). Para autorizar que a Oi adquirisse a BrT, a Anatel estabeleceu que a nova companhia deveria investir em pesquisa e desenvolvimento, ao longo de dez anos, valores correspondentes a 100% do recolhimento feito anualmente ao Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTELL), o que equivale hoje a cerca de R$ 140 milhões. Um dos locais onde a Oi precisa investir esses recursos obrigatórios é na RNP, explicou o diretor de Serviços e Soluções da organização, José Luiz Ribeiro Filho. A Oi proverá à RNP infraestrutura de transmissão em fibras ópticas para uso não-comercial e participará de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de interesse comum. Sabemos que daqui a alguns anos toda essa capacidade estará sendo usada, ainda mais com as metas de interiorização das universidades e das telecomunicações. Até 2016, pretendemos oferecer 1 Gbps nas sedes das universidades e 100 Mbps nos campi avançados. Precisamos de apoio para alcançar essas metas, para levar a rede para o interior, onde estão os maiores desafios, demandas e dificuldades. Por isso fazemos uma sensibilização junto aos governos locais para que invistam em infraestrutura própria. Junto com água e esgoto tem que ir fibra ótica também, disse o diretor. Não é suficiente levar prédios para o interior, é preciso levar também comunicação, infraestrutura. Para isso, a palavra-chave é parceria. Dessa forma poderemos avançar e construir um espaço de crescimento para nossas instituições, afirmou Eurico Lobo, atual vice-reitor da UFAL, reitor eleito para o próximo mandato e ex-diretor científico da FAPEAL. Encerrando a cerimônia, a reitora da UFAL, Ana Dayse Rezende Dórea, contou que uma das coisas que ouviu quando assumiu a reitoria foi que devia levar o PoP para a Universidade. Mas tínhamos dúvida se seria melhor. O PoP não interessa apenas à Ufal, mas a todo o Estado. Fomos à FAPEAL conversar sobre a possibilidade de melhoria da gestão do Ponto de Presença, como a extensão do horário de suporte oferecido pela fundação, e fomos atendidos, relatou. Ana Dayse revelou que 75% dos alunos do campus da UFAL no Sertão são da própria região. Agora precisamos pensar no que fazer para fixar professores com mestrado e doutorado no interior. Precisamos criar condições para fazer muito mais. Temos que buscar fazer as transformações que esse Estado precisa, afirmou a reitora, que agradeceu o empenho da Fapeal e da Secti neste intuito, já que a existência de uma rede com a capacidade da Ipê em Alagoas é um dos instrumentos para alcançar esses objetivos. |