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RNP na Mídia 
 

Altíssima velocidade

Internet 2 tem tecnologia de ponta e programas de última geração


Jornal da Tarde

Luciana Coen

21.05.1998


Mas, afinal, qual é o segredo para tanta performance e velocidade? Não tem segredo. Se pararmos para pensar, a Internet que usamos foi concebida no fim da década de 60, há quase 30 anos. Até hoje, usamos perto de 60% do antigo backbone, principalmente nos Estados Unidos e Europa.

A Internet 2 nada mais é, portanto, do que uma rede montada com o que existe de melhor em termos de equipamentos, aplicações em softwares e, antes de mais nada, recursos humanos. Pode-se dizer que as melhores cabeças das principais universidades estão envolvidas com este projeto.

O cobiçado modelo Cisco 1200, o roteador top de linha da Cisco, está sendo usado como parte dos chamados GigaPops, centros de distribuição de dados ultra-rápidos, peças-chave na construção da I2. Segundo José Luís Ribeiro Filho, coordenador da RNP e um dos profissionais que mais entendem desta rede no Brasil, "a função principal do GigaPop é a troca do tráfego I2 de acordo com uma velocidade e qualidade de serviço especificados pelo usuário, em tempo real". Estes GigaPops deverão ser operados por pouquíssimas pessoas ou, em certos casos, por apenas um profissional. Provavelmente, o usuário é quem irá decidir como será seu acesso, e fará isso comunicando-se diretamente com estas máquinas. Mesmo assim, as máquinas estarão tão avançadas que não haverá suporte para usuários, o que mostra que estes centros serão dotados das mais modernas tecnologias de inteligência artificial.

Nesta primeira fase, a I2 é essencialmente uma rede americana. "Com a atual infra-estrutura de telecomunicações brasileira não é possível efetuar, a curto prazo, todas as expansões do backbone necessárias para a instalação dos serviços de alto desempenho característicos da RNP", afirma Ribeiro. Mas a RNP está tentando estimular a construção de redes metropolitanas de alto desempenho, para poder colocar o Brasil na I2 o mais rápido possível, ainda assim por meio de parcerias.

O primeiro encontro entre os representantes do consórcio Internet 2 ocorreu em outubro. O Brasil foi um dos países convidados, com a Rede Nacional de Pesquisas. Esta entidade já estabeleceu uma linha de atuação para este tema. Três são os pontos principais desta linha: participação e interação com as iniciativas dos Estados Unidos e Europa, experiências em áreas com boa infra-estrutura e conexão de alta capacidade com a rede norte-americana para desenvolvimento das aplicações.

Assim como nós, a União Européia e o Canadá estão ávidos por entrar neste mundo de maravilhas tecnológicas. Estão sendo feitos acordos de interligação com as principais redes de alta velocidade do mundo. A rede acadêmica canadense, a Canarie, já conseguiu fazer o acordo. A rede acadêmica européia, a TEN-34, já está se adequando tecnologicamente para participar do projeto I2.

fonte: http://www.jt.com.br/

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