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Curitiba implanta Internet de alta velocidade

Rede unindo universidades locais já opera a 60% da capacidade e foi apresentada em evento nacional aberto ontem


Gazeta do Povo

13.05.1999


Curitiba está vivendo uma revolução tecnológica. Além dos cabos de fibra ótica em implantação pela Embratel - que explicam as valetas em calçadas do centro - uma Internet 2 de altíssima velocidade está surgindo. Trata-se da Rede Metropolitana de Alta Velocidade, financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em doze cidades selecionadas. Para avaliar o estágio desse projeto começou ontem na capital paranaense, o evento sobre Internet 2, aberto pelo ministro Bresser Pereira, da Ciência e Tecnologia.

Ele informou que a cidade foi escolhida para o primeiro "workshop" sobre a nova infovia devido ao sucesso do consórcio de implantaçao local, que integra o Governo Federal através da Rede Nacional de Pesquisas, universidades, centros de pesquisa e iniciativa privada. O coordenador da RNP, José Luiz Ribeiro, informou que a próxima etapa é interligar os consórcios de cidades e, no futuro, disponibilizar os serviços para empresas e a comunidade.

Sergio Scheer, coordenador da rede na Universidade Federal do Paraná, disse estarem integradas ainda, a PUC, o Cefet, o Tecpar e o Centro Internacional de Tecnologia de Software( que faz a coordenação). Hans Schorer, diretor de tecnologia da Siemens, informou que sua empresa investiu perto de um milhão de reais na rede curitibana. A Embratel, segundo Ricardo Maceira está investindo em infra-estrutura de cabos para que a nova infovia eleve a velocidade da média atual de 28 mil dados por segundo para 622 milhões. Isso equivale a transmitir uma enciclopédia de 15 volumes em um segundo. Nos Estados Unidos, a Internet 2 começou em 1996 e, segundo a palestrante americana Ann O'Beay, ligada à Fundação Nacional de Ciências, seu país tem 240 universidades, instituições e empresas ligadas à nova rede, que funciona em paralelo à Internet comum.

Projetos
Telemedicina sai em 3 anos

A nova Rede Mundial de computadores, que deve superar em até 75 vezes a velocidade que conhecemos, poderá trocar dados a 2,4 gigabytes por segundo. O projeto de Internet 2 brasileira teve início em outubro de 1997, quando a RNP (Rede Nacional de Pesquisa) e o ProTeM-CC (Programa Temático Multiinstitucional), com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), acionaram uma campanha de estímulo para sua implantação, chamada Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade. A previsão é que, até o final do ano, universidades, centros de pesquisa e empresas brasileiras estejam usando esse tipo de rede em caráter experimental.

No Paraná, a UFPR, PUC-PR, Cefet-PR e Cits (Centro Internacional de Tecnologia de Software) estão desenvolvendo projetos nas áreas de saúde, profissionalização e educação com a Internet 2. A PUC-PR, além de oferecer num prazo de três anos o serviço de telemedicina, está realizando o protocolo de roteamento IPV6 (sistema de distribuição eletrônica de dados), que trabalha com 128 bits, quatro vezes a capacidade da atual IPV4. Em Curitiba, onde a I2 começou a ser utilizada em junho do ano passado, estão sendo desenvolvidas Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (Remav). A tecnologia utilizada é a ATM (Asyschronous Transfer Mode), com linhas dedicadas de fibra ótica. A partir desses recursos, é possível manter uma largura de banda fixa, o que permite comunicações com velocidade regular, sem inteferências.

fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/

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