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RNP na Mídia 
 

Brasil investe na construção da Internet II


Computer World

Ana Paula Lobo

31.05.1999


Responsável pela idealização da Internet, a comunidade acadêmica tem um novo papel diante da sua mais importante criação: redesenhá-la visando o século XXI. A ordem é comportar a rede para suportar as novas aplicações multimídia em tempo real. Batizada de Internet II, a "nova" rede começa a ganhar forma e conteúdo em nível mundial.

Aqui, no Brasil, aa responsabilidade pela implementação do projeto coube mais uma vez a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) - que em 95, foi a primeira instituição a montar um backbone para prover serviço Internet no país. O coordenador da instituição, José Luis Ribeiro Filho, estima que a parte brasileira da Internet II estará ativada até o final do ano 2000.

No total, informa o executivo, a Internet II nacional será construída por 11 consórcios formados por universidades, empresas públicas e privadas. Caberão a eles, estruturar as redes metropolitanas baseadas em infra-estrutura ATM. A interligação das malhas nacional e internacional ficará sob a responsabilidade da RNP. Ribeiro Filho adianta que dois consórcios responsáveis pelas áreas do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já estão estruturados e iniciando, experimentalmente, as suas atividades.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o projeto interliga a Universidade Federal, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), a PUC e o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). A plataforma de comunicação, que utiliza um anel óptico, está sendo fornecida pela Telemar. Embora otimista com o projeto Internet II, o coordenador da RNP não hesita em afirmar que o usuário terá que esperar para usufruir dessa nova concepção de Web.
"Não podemos nos enganar. A tecnologia disponível ainda não permite aos equipamentos identificar e priorizar, automaticamente, voz, dados e imagens. Há soluções em desenvolvimento e são essas que estão sendo implementadas no piloto da Internet II", finaliza Ribeiro Filho.

Sinal verde

Nos Estados Unidos, a Internet II começou a funcionar, experimentalmente, em fevereiro deste ano. O projeto, endossado pelo Governo norte-americano, envolve 70 campus universitários, fornecedores de tecnologia e operadoras de telecomunicações.

No total, são 21 mil quilômetros de rede que cruza a extensão dos Estados Unidos. A capacidade de transmissão é de 2,4 Gb por segundo, superando em até 1.000 vezes a atual velocidade da Internet comercial. Na prática, esta velocidade permite a transmissão de 30 volumes de uma enciclopédia em pouco menos de dois segundos.

Não à toa, cresce a adesão ao projeto. A Microsoft, por exemplo, divulgou que aportará US$ 1 milhão em contribuições e serviços para as instituições de ensino envolvidas no desenvolvimento da Internet II.

fonte: http://www.uol.com.br/computerworld/

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