| Internet 2, RNP2, Campinas na RotaRevista de Ciência e Informação/Unicamp 20.07.1999 O projeto Internet 2 (I2) foi iniciado nos EUA, hoje contando com mais de 150 Universidades e Centros de Pesquisa interligados, essencialmente difere da Internet como conhecemos nas aplicações que estão sendo desenvolvidas, que requerem uma grande quantidade de banda, ou seja, velocidades mais altas ( http://www.internet2.edu ). Os 14 projetos:
Podemos então dizer que uma região metropolitana de Campinas está na Internet 2 através do projeto Remet/Campinas que, além da Unicamp, conta com a participação da Embrapa (Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para Agricultura - CNPTIA), da Prefeitura Municipal (Projeto Alpha - Educação/Saúde) e da NET/Campinas (Operadora de TV a Cabo em Campinas). Este é o consórcio formado aqui, que ganhou o edital do CNPq para a região. A coordenação do consórcio é do Prof. Clésio Luis Tozzi da Coordenadoria Geral de Informática da Unicamp e conta com aproximadamente 34 pessoas (em tempo parcial) entre pesquisadores, Analistas, técnicos e bolsistas do CNPq. O fato de Campinas também ser escolhida como uma das cidades a iniciar a infra-estrutura básica para a I2 é pela importância das instituições presentes aqui e o importante polo de desenvolvimento tecnológico que é a cidade, com Universidades, Centros de Pesquisa e Empresas de alta tecnologia. Já fomos chamados várias vezes de Silicon Valey, ou Vale do Silício Brasileiro. (Alusão a região com este nome, na California/EUA). O projeto começou a ser pensado a partir do lançamento do Edital pelo CNPq em Outubro de 1997. Vários motivos levaram a participação destas instituições, motivos estes que praticamente são os mesmos do MCT/CNPq para o projeto Brasileiro de Internet2, como:
As diferenças básicas entre a Internet e a I2 são as aplicações e a velocidade. A velocidade na I2 é muito maior permitindo execução de aplicações que na Internet atual não seriam possíveis. Por exemplo: 1. a transmissão de vídeo com boa definição, igual a TV broadcast (a TV comercial que assistimos), com a tela inteira de um PC e com 30 quadros por segundo; 2. um diagnóstico médico a distância. Instantes após um acidente o médico especialista consegue ver através de uma câmera na ambulância (com qualidade) quais os procedimentos a serem feitos no paciente, pelos paramédicos/enfermeiros. 3. ou ainda, acessar um servidor de Vídeo sob demanda, isto é, assistir um vídeo numa locadora virtual, sem fita, o vídeo vem pela rede, com a mesma qualidade que hoje temos numa fita HI-FI ou DVD, ou ainda melhor, talvez HDTV (High definition Television). Aqui no consórcio de Campinas, as principais aplicações na I2 serão de Educação e Saúde (Ensino a distância e Telemedicina). Veja nota da RNP, sobre nossa participação no I Workshop da RNP2 http://www.rnp.br/noticias/1999/not-990426a.html Mas quando então esta nova rede estará disponível ao grande público ? Esta é uma pergunta que os especialistas não se arriscam a responder. Tanto podemos errar para menos quanto para mais. Explico. Ninguém imaginava, por exemplo, quando a Internet atual era exclusividade das mesmas instituições de pesquisa, quando ela se tornaria o que é hoje, usada por mais de 170 milhões de pessoas, e ainda num crescimento alucinante (aplicações, usuários, tempo de uso). Junto com a tecnologia ATM, em termos de protocolo, também esta sendo estruturado o que chamamos de BR6Bone no Brasil, ou o Backbone da versão 6 do TCP/IP o IPv6 ( http://www.6bone.rnp.br ). A atual versão do TCP/IP na Internet é o IPv4, Basicamente com IPv6 aumenta-se mais bits de controle para o protocolo, entre outras facilidades. A necessidade do aumento de bits para endereçamento é urgente, dado o fato de IPv4 já não acomodar mais o atual crescimento da Internet. Mas a proposta da Internet2 tem muito mais tecnologia a ser explorada, a saber: Qbone - Plataforma avançada de testes em QoS, ou qualidade de serviços; NGI - As pesquisas do Next Generation Internet, projeto do governo Americano; vBNS - Very High Performance Backbone Network System, o super Backbone de altíssima velocidade nos EUA; GigaPOP - estrutura responsável pela comutação e gerenciamento de tráfego entre as redes de uma mesma região, que no caso da I2 vão gerenciar o tráfego do vBNS; Abilene - O backbone IP mais avançado do mundo, criado pelo consórcio também dos EUA chamado UCAID (University Corporation for Advanced Internet Development). fonte: http://www.revista.unicamp.br/ |