| Pesquisa e ensino pela InternetPrograma poderá colocar o Brasil no caminho das tecnologias de ponta de redes de informação Ministério de Ciência e Tecnologia 20.10.1999 Os Ministros da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e da Educação, Paulo Renato Souza, assinaram dia 19 de outubro, o Protocolo de Intenções que possibilitará a realização de Pesquisa e do Ensino pela Internet. Na solenidade, Sardenberg anunciou o início do funcionamento experimental de uma conexão de alta velocidade entre Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, a partir de 25 de outubro. Até fevereiro de 2000, segundo o Ministro, catorze cidades estarão conectadas por meio de redes com velocidades até dezessete vezes mais rápidas que as existentes no momento. O Ministro completou: "Será uma mola para o avanço do ensino superior e a pesquisa no país". A cerimônia contou com as presenças da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, Glacy Zancan, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Evandro Mirra, o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação - MEC, Abílio Afonso Baeta Neves e o diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, Jacob Palis. O Programa Interministerial de Implantação e Manutenção da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa é uma iniciativa que integra o projeto de renovação e melhoria da Internet no Brasil, enfocando o ensino à distância e as novas tecnologias de informação. Os principais objetivos são a alta qualidade do tráfego de produção por meio da Internet, o suporte a aplicações de educação superior, como o Projeto de Bibliotecas Digitais do MEC, e a interligação dos experimentos das redes metropolitanas de alta velocidade, para testes de novas aplicações. Segundo o Ministro Sardenberg, o projeto representa um avanço significativo da qualidade dos serviços de transmissão de dados no país: "Estou muito feliz que tenhamos alcançado tais objetivos, pois colocamos o Brasil novamente no caminho das tecnologias de ponta de redes de informação." Para o MCT, os recentes avanços e os desafios que ainda existem em redes de alto desempenho demonstram a importância da realização de investimentos e desenvolvimento de tecnologias, que constituirão a base da chamada Sociedade da Informação e do Conhecimento. Os primeiros esforços de pesquisa em redes no Brasil foram empreendidos pelo CNPq, na Rede Nacional de Pesquisa - RNP, no início dos anos 80. Nessa primeira fase, a RNP se dispunha a oferecer o acesso à Internet ao meio acadêmico, governo e organizações que não fizessem uso comercial da Rede. Além disso, buscava disponibilizar, consolidar e implantar a infra-estrutura para o funcionamento da Rede no Brasil, interligando Universidades e Centros de Pesquisa, e, principalmente, capacitar recursos humanos para a operação das redes. Esse modelo de prestação de serviços vem sendo mantido até hoje mas a maior parte desses objetivos foi atingida entre 1996 e 1998. Estudo do MCT indica que a estrutura atual está saturada e com sua capacidade de expansão comprometida. A solução mais adequada para a expansão tecnológica da Internet é a separação das aplicações operadas com tecnologia atual (www, transferência de arquivos, correio eletrônico etc.), daquelas que demandam serviços de rede experimentais ou de nova geração (educação à distância, bibliotecas digitais, colaboração estendida etc.). Os usuários dessa rede, em nova modalidade, serão os pesquisadores, os professores e alunos de instituições de ensino e pesquisa brasileiras.
fonte: http://www.mct.gov.br/ |