| Internet de alta velocidadeRede brasileira adquire dez vezes mais velocidade para atender universidades e centros de pesquisa MCT 24.05.2000 Nove anos depois de investimentos na implantação e ampliação de uma infra-estrutura de rede Internet nacional, os ministérios da Ciência e Tecnologia/MCT, da Educação/MEC e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) lançam a segunda etapa da Internet no Brasil. Com a inauguração do backbone RNP2, dirigido ao meio acadêmico e de pesquisa, o Brasil entra na era da Internet de alta velocidade, um dos ciclos de desenvolvimento previstos no Programa Sociedade da Informação. A contratação dos serviços junto à Embratel foi efetivada dia 15 de maio e a inauguração da primeira etapa do backbone RNP2 ocorreu nesta quarta-feira, 24, durante o 2º Workshop RNP2, dentro do Simpósio Brasileiro de Redes de Computação, realizado em Belo Horizonte. Com o novo backbone, serão interligados universidades e institutos de pesquisa nas principais capitais brasileiras. Inicialmente, isso ocorrerá em seis cidades: Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. Depois das seis primeiras virão Curitiba, Santa Catarina, Fortaleza, Bahia, Natal, Goiânia e João Pessoa.O sistema completo, que inclui a interligação de treze capitais, será implantado ao longo de noventa dias. A nova rede terá capacidade de operar numa velocidade de até 155 megabytes por segundo (Mbps), embora, neste primeiro momento, vá operar com 20 Mbps. Para se ter uma idéia do ganho de velocidade, o backbone atual (RNP1) opera com uma velocidade de 2 Mbps. Será, portanto, já de início, dez vezes mais rápida. De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, a confiabilidade do sistema , a melhoria da qualidade e de rapidez na transmissão de sons e imagens trará enormes facilidades, tanto nas aplicações acadêmicas e científicas, quanto sociais. "Na telemedicina, por exemplo, será possível fazer consultas virtuais, sem que o paciente precise se deslocar de sua cidade para centros mais desenvolvidos", diz ele. O lançamento do backbone RNP2 faz parte da estratégia de participação do Brasil no projeto Internet2, a rede norte-americana de alta velocidade. A previsão é de que o Brasil esteja interligado à Internet2 em agosto, quando entrar em operação o cabo submarino Américas2, que permitirá a utilização da velocidade de 155Mbps. O backbone RNP2 será implantado em três etapas ao longo de 90 dias, com as tecnologias ATM (Asynchronous Transfer Mode) para os trechos de maior tráfego e FR (Frame Relay) para interligar a até 2 Mbps os Pontos de Presença (PoPs) de tráfego menor de dados. Essa opção foi escolhida por ser esta a solução disponível no país que apresenta a melhor relação de custo/benefício, sendo a ampliação da capacidade da rede IP e o controle de qualidade os principais benefícios esperados. O projeto brasileiro, fortalecido com o Programa Interministerial de Implantação e Manutenção da Rede Nacional para Ensino e Pesquisa firmado em outubro de 1999 pelo MCT e pelo Ministério da Educação, atenderá aos requisitos das novas aplicações em ensino superior e permitirá a interconexão das Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (ReMAVs), que também utilizam tecnologia ATM. Sobre a infra-estrutura da rede pública ATM da Embratel, que serve como transporte para prestação de serviços aos clientes, a RNP está montando uma rede ATM privativa. Isso dará flexibilidade e independência para a oferta de alguns serviços que a rede da Embratel não oferece. A interconexão das ReMAVs, por exemplo, será feita através de uma nuvem ATM, com circuitos comutados. No âmbito do Programa Interministerial de Implantação e Manutenção da Rede Nacional para Ensino e Pesquisa, o projeto prevê a implantação de cinco conexões de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e Institutos de Pesquisa ao RNP2 por mês, até alcançar as 52 Ifes e todos os Institutos do MCT em 2001. A execução depende, contudo, do repasse dos recursos relativos às renovações do convênio com o MEC em 2000 e 2001.
fonte: http://www.mct.gov.br/ |