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Internet 2 – o Brasil conectado ao futuro

Informe Rio Inteligente

31.08.2000

A Internet 2 nasceu em 1996, quando acadêmicos norte-americanos perceberam a necessidade de desenvolver uma rede de maior velocidade e desempenho e alçar a Internet a um novo estágio.

O Brasil participou do nascimento deste projeto, com a presença dos professores Ivan Moura Campos (do Ministério da Ciência e Tecnologia) e Silvio Meira (da Universidade Federal de Pernambuco) em uma uma reunião no Colorado, EUA. Desde então, a RNP - Rede Nacional de Pesquisa - trabalha para tornar possível a instalação da Internet 2 no país.

A primeira providência foi implementar um conjunto de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (ReMAVs). Hoje, são 14 no país, que estão sendo interligadas numa infra-estrutura física central (backbone), chamada RNP2. Esse backbone está configurado de forma a permitir a interconexão das 14 Redes a uma velocidade de 155 Mbps (milhões de bits por segundo). A velocidade da Internet comercial é de 56 Kpbs (milhares de bits por segundo).

Em março, o Brasil formalizou a parceria com os Estados Unidos ao assinar o "Memorandum of Understanding", em Washington. O acordo coloca o Brasil na vanguarda do desenvolvimento da Internet no mundo. Até o final do ano, a conexão com a rede norte-americana deverá ser implementada com a chegada do cabo submarino Américas 2 - um cabo de fibra ótica que possibilita a trasmissão de dados em alta velocidade.

A princípio, esta rede de alto desempenho estará a serviço das universidades, centros de pesquisa e demais instituições ligadas ao MCT. Entre suas principais aplicações estão o desenvolvimento de bibliotecas digitais com capacidade de reprodução de imagens de áudio e vídeo de alta fidelidade; laboratórios virtuais com instrumentação remota; novas formas de trabalho em grupo, com utilização de tecnologias de presença virtual e colaboração em 3D; telemedicina; debates virtuais em tempo real, com utilização de recursos multimídia, entre outras.

A Internet 2 representa a integração do país numa grande rede de pesquisa mundial. O próximo passo é estender essa tecnologia à Internet comercial, que também era privilégio das instituições acadêmicas quando surgiu no Brasil - há apenas 12 anos.

fonte: http://www.redetec.org.br/