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RNP recebe IPV.6 para produção

ComputerWorld

Ana Paula Lobo

19.09.2001

Rede Nacional de Pesquisa - backbone nacional ligada à área educacional - é a primeira instituição brasileira a receber um bloco de endereços IPV.6, upgrade do atual IPV.4, protocolo nativo do backbone mundial da Internet, para produção e testes. Entidade planeja liberar lotes para empresas e operadoras interessadas em desenvolver aplicativos em cima do novo protocolo.

"Vamos utilizar o IPV.6 numa rede-piloto que interligará São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A proposta é criarmos aplicativos para o novo protocolo", explica o diretor de operações da RNP, Alexandre Grojsgold, em entrevista ao CW Online.

O IPV.6 explica o especialista, tem entre as suas características básicas uma melhor segurança para os dados transmitidos via Web, auto-configuração -- não será mais necessário ficar realocando DNS -- e qualidade de serviços em relação ao atual IPV.4. "É verdade que o mercado criou mecanismos que dão essas características a rede atual. Mas, no IPV.6 elas são nativas. Também tem a questão do endereçamento. Ele amplia e muito a capacidade de distribuição de IPs", detalha.

Os endereços IPV.6 foram destinados à RNP pela American Registry for Internet Numbers(ARIN). Grojsgold revela que há a intenção da entidade em interligar a rede-piloto com o protocolo à Internet 2. "A nova rede é nativa ao IPV.6, apesar de rodar o IPV.4. Na verdade, acredito que o IPV.6 ganhará nuvens no backbone Internet. A migração total deverá demorar um período", informa.

As operadoras de telecomunicações e os fabricantes de dispositivos com acesso à Internet, revela o diretor da RNP, são os maiores interessados no desenvolvimento comercial do novo protocolo. "Será mais fácil associar televisões, terminais e dispositivos à Web", finaliza.

fonte: http://www.computerworld.com.br/