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RNP na Mídia 
 

Universidade + fibra = superinternet


Info Exame

Silvia Balieiro

01.06.2001


Enquanto na web convencional o acesso rápido ainda é um sonho alcançado por poucos usuários, na chamada Internet2 esse é um pressuposto básico. Sorte das instituições
acadêmicas e governamentais que fazem parte da rede. Para se ter uma idéia, a transmissão de dados dentro da Internet2 nos Estados Unidos pode chegar a 2,5 Gbps, uma velocidade
pelo menos 46 000 vezes maior do que a oferecida, aos trancos e barrancos, pelo pobre modem de 56 Kbps. Tudo isso graças à fibra óptica. "Essa tecnologia propicia a largura de banda necessária a um custo viável. Outras alternativas disponíveis, como o satélite, são bem mais caras", comenta Alexandre Grojsgold, diretor de operações da RNP, a Rede Nacional de Pesquisa.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a Internet2 não é um conceito mundial, como é o caso da internet. Trata-se de uma marca registrada por cerca de 180 universidades
americanas, que se reuniram para criar uma rede de alta velocidade que beneficiasse a pesquisa e a utilização de recursos de voz e imagem no meio acadêmico.

No Brasil, existem algumas iniciativas de criação de redes nos mesmos moldes da Internet2 americana. Uma delas é o RNP2, backbone nacional para aplicações avançadas da RNP. Essa rede possui hoje 27 pontos de presença espalhados pelo Brasil que se comunicam via fibra óptica com uma velocidade mínima de 2 Mbps e máxima de 20 Mbps. Nessa rede já foram investidos mais de 50 milhões de reais e, até 2004, os gastos devem alcançar 215 milhões de reais.

A partir desses 27 pontos de presença partem as redes estaduais. Em São Paulo, a ANSP2, criada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo),
reúne universidades federais e estaduais e outras instituições como o Instituto do Coração. No Rio de Janeiro foi criada a rede Rio2, que é formada por instituições fluminenses de
ensino e pesquisa. Dentro dessas redes estaduais a velocidade de acesso consegue ser ainda mais rápida, chegando a 155 Mbps.

Toda a rede nacional em breve estará conectada à Internet2 americana. A previsão é que isso aconteça ainda este mês. Para isso, será necessária uma interligação a um ponto de
presença em Chicago e outro na Flórida. A velocidade de acesso com os Estados Unidos também será de 155 Mbps.

Além do acesso rápido, a internet avançada permite a melhor utilização de recursos de som e imagem. "Com essa velocidade médicos podem, por exemplo, transmitir imagens e trocar informações a respeito do diagnóstico de pacientes, mesmo estando em locais diferentes", acrescenta Grojsgold.

Os recursos e as aplicações possíveis com o uso da internet avançada são inúmeros, mas ainda estão apenas no início e restritos ao tráfego normal de dados, à telemedicina e à
videoconferência. Algumas iniciativas inovadoras já começam a surgir por aqui, como é o caso do laboratório de realidade virtual, desenvolvido no Larc, Laboratório de Arquitetura
e Redes de Computadores da Universidade de São Paulo.

fonte: http://www2.uol.com.br/info/ie183/index.shl

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