| MCT faz balanço de atividades em 2002MCT Hylda Cavalcanti 16.12.2002 Representantes das Unidades de Pesquisa (Ups) vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) estão reunidos, até o final do dia, para apresentação de um balanço por parte de cada instituição sobre as principais atividades realizadas no âmbito da política nacional de C&T ao longo dos últimos dois anos. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, o evento é importante porque observa os avanços que foram feitos em termos organizacionais em todas as instâncias destas unidades. Sardenberg acentuou que o trabalho realizado pelos membros da chamada comissão Tundisi, entregue em 2001, permitiu o planejamento de um conjunto de ações e compromissos de gestão que tornaram bem mais fácil a realização de projetos integrados entre estas entidades. “O Brasil precisa de esforços conjugados para atingir suas metas e as unidades de pesquisa começaram a trabalhar, com êxito, nesse sentido”, afirmou o ministro, referindo-se ao atendimento das diretrizes traçadas pela comissão. Com os trabalhos concluídos em 2001, a comissão Tundisi foi formada por um grupo de especialistas de todo o País que teve como missão, avaliar as Ups do Ministério. O grupo passou a ser conhecid dessa forma pelo fato de ter sido presidido pelo cientista José Galízia Tundisi. Outra boa novidade destacada por Ronaldo Sardenberg, durante a abertura do encontro, foi a modificação da forma como são nomeados os dirigentes das unidades de pesquisa, que passaram a ser escolhidos a partir de entrevistas feitas por uma comissão independente. Dessa forma, somente após avaliar os nomes previstos para dirigir qualquer destas instituições é que um grupo técnico recomenda o indicado para o ministro, “fator que tornou o processo de gestão das UPs bem mais democrático”, acentuou Sardenberg. Modernizações O ministro também destacou entre as inovações observadas, a aquisição do oitavo maior computador mundial na área de meteorologia, por parte do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a ampliação das pesquisas feitas atualmente no Laboratório Nacional de Luz Sincroton (LNLS) para o campo da biologia molecular. “Observamos, ao longo deste tempo, não apenas um resultado produtivo nas atividades do dia a dia de cada unidade, como também, na realização de grandes projetos, o que consolidou de fato a participação destes institutos na política nacional de C&T calcada na inovação tecnológica”, enfatizou Ronaldo Sardenberg. O evento está sendo realizado no auditório da Agência Espacial Brasileira, em Brasília. De acordo com o secretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério, João Evangelista Steiner, uma das conclusões deste “balanço” é de que muitas das recomendações sugeridas pelo Relatório Tundisi já foram feitas, enquanto outras encontram-se em vias de desenvolvimento. “Mas é óbvio que ainda há tarefas por fazer”, acentuou Steiner. Os representantes destas instituições também estão discutindo questões como a participação dos projetos em desenvolvimento no âmbito dos fundos setoriais e a atuação que vão passar a ter após a entrada em vigor da Lei da Inovação, cujo projeto – que permite maior flexibilização entre transferências de pesquisadores de uma área para outra – tramita atualmente no Congresso Nacional. Organizações sociais Steiner citou, entre os vários destaques observados nos últimos dois anos, a transformação de quatro unidades de pesquisa em organizações sociais. Foram estas: o LNLS, o Instituto de Matemática Pura e Amplicada (IMPA), o Instituto Mamirauá e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Segundo o secretário, existem atualmente 22 unidades de pesquisa vinculadas ao MCT. Sendo que conforme já está previsto em portaria ministerial, mais três institutos serão criados a partir de janeiro: o Centro de Biotecnologia da Amazônia, o Instituto de Pesquisas do Semi-árido e o Instituto de Nanotecnologia. O encontro também servirá, de acordo com os técnicos presentes, para o levantamento de sugestões sobre correção de rumos e implementação de ações a serem encaminhadas à equipe de transição, com quem o MCT tem mantido contatos constantes. fonte: http://www.mct.gov.br/comunicacao/textos/default.asp?cod_tipo=1&cod_texto=3026 |