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Pernambuco testa grid computing

Processamento com vários computadores está sendo utilizado numa parceria nacional


Diário de Pernambuco

Andrea Pinheiro

08.01.2004


Com o passar dos anos, aumentou a exigência de maior capacidade de processamento dos computadores por causa da complexidade das aplicações e da necessidade de rapidez nos resultados. Para atender essa demanda, foram criadas as máquinas de alto desempenho, porém elas são caras e muitas vezes não eficientes. Foi aí que surgiu o conceito de grid computing, um tipo de processamento que envolve uma série de pequenos computadores conectados entre si via redes locais ou de longa distância, como internet. Numa infra-estrutura de larga escala, os computadores distribuídos são usados em momentos de ociosidade para realizar outras atividades, principalmente, as que necessitam alto desempenho, como aplicações em genética e física.

Uma experiência em grid computing, chamada Brazilian Grid, está em andamento numa parceria entre a HP, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) e outras instituições do País, como centros XML. "Temos que nos atualizar, pois o gridcomputing é uma tendência de futuro, e gerar mercado com o desenvolvimento de aplicações e sistemas de suporte", afirma o professor do CIn e diretor financeiro do Cesar, Carlos Ferraz. O objetivo, de acordo com o professor, é montar uma estratégia para a realização de testes, com utilização de vários sistemas, principalmente, o desenvolvido pela Universidade Federal de Campina Grande (PB).

A maior parte dos sistemas utilizados no Brazilian Grid são baseados em Linux e Unix. O envolvimento dos centros XML tem como meta portar o que já existe de sistemas para o ambiente Microsoft. "Um dos aspectos interessantes do projeto é fazer uso das aplicações de grid computing em plataformas heterogêneas. Podemos ter parte desenvolvida em Windows, parte em Linux e outra em Unix", explica Carlos Ferraz. Por enquanto, os computadores estão interligados via web, mas já existe um plano de usar outras redes com maior velocidade, porque a performance dos sistemas de grid computing depende da velocidade de transmissão do sistema. "Podemos usar, por exemplo, o projeto Giga, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), ou as Redes Metropolitanas de Alta Velocidade", diz.

A parceria teve início no ano passado. No segundo semestre, aconteceu a fase de articulação e planejamento entre as instituições envolvidas no projeto. "O período de testes, propriamente dito, acontecerá somente no segundo semestre deste ano", conta Ferraz. Os primeiros meses de 2004 serão aproveitados para a realização de treinamento, capacitação e nivelamento de pessoal. A equipe ainda não foi escolhida, mas o professor informa que serão selecionados alunos do Centro de Informática (CIn) da UFPE, algumas pessoas do Centro XML e do Cesar. "O nosso objetivo principal, no CIn, é o desenvolvimento de aplicações, mas, antes disso, precisamos passar por todas as fases para melhor identificar as demandas", afirma.

O projeto é fruto da Lei de Informática, pela qual, as empresas utilizam incentivos fiscais para estabelecer parcerias com universidades a fim de desenvolver produtos e processos e formar recursos humanos especializados. Normalmente, os projetos que usam recursos captados pela Lei têm prazo de duração de um ano. "Mas existe um grande interesse da HP na parceria e, de acordo com as conversas mantidas, a proposta é de que seja um projeto de longo prazo, até porque os resultados não serão imediatos", destaca Carlos Ferraz.

fonte: http://www.pernambuco.com/diario/2004/01/08/info7_0.html

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