| RNP aumenta capacidade de tráfego internacionalMCT Andréia de Abreu 02.03.2004 Centros de pesquisa, universidades e unidades dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação estão se comunicando mais rapidamente com o exterior. Isso porque a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) conseguiu aumentar a sua capacidade de tráfego internacional na Internet por meio de um acordo feito com a Global Crossing, que opera na área de telecomunicações. O acordo viabiliza um peering (troca de tráfego) de 155 Megabites por segundo (Mbps) entre a rede acadêmica brasileira RNP2 e a da empresa norte-americana. A rede acadêmica é gerenciada pela RNP, que é uma organização social, sob contrato de gestão com o MCT. Ativado no final de janeiro deste ano, o acordo entre a RNP e a Global Crossing proporciona, na prática, uma duplicação da capacidade de trânsito internacional para as mais de 200 instituições usuárias da rede acadêmica brasileira. Isso porque, embora o acordo de peering não signifique uma nova linha internacional exclusiva, a Global Crossing garante que dará trânsito livre à RNP para poder utilizar a sua conexão com os Estados Unidos. A empresa norte-americana tem capacidade ociosa para permitir o trânsito de 155 Mbps provenientes da rede RNP2. De acordo com a RNP, nos momentos de pico, quase 100 Mbps de dados oriundos da RNP2 têm chegado à Internet mundial através do peering com a Global, aliviando a conexão internacional da rede acadêmica, que estava com quase 100% de ocupação de banda até a última semana de janeiro. Atualmente a linha própria da RNP, de 155 Mbps, está com uma média de 65% de uso, enquanto o peering com a Global atinge média de 55%. A prática de peering é uma recomendação do Comitê Gestor da Internet no Brasil, que considera sua disseminação fundamental para o bom funcionamento da internet. São as trocas de tráfego entre diversos backbones (espinhas dorsais da rede mundial) que garantem que a internet continue funcionando mesmo que uma rede isolada fique indisponível, além de propiciar maior velocidade e eficiência na comunicação. Segundo o Comitê Gestor, a ausência deste serviço pode degradar o tempo de resposta associado às transações realizadas através da rede ou mesmo inviabilizá-las. A RNP também troca tráfego com outras redes comerciais e acadêmicas no Brasil, como Embratel, Ansp, Optiglobe e Rede Rio. Em termos de trânsito internacional, além da sua própria linha de 155 Mbps e da que foi conquistada agora por meio do acordo de peering, a RNP possui uma conexão direta de 45 Mbps com a Internet2, a rede acadêmica dos EUA. Ainda em 2004, a instituição estará diretamente conectada a outras redes acadêmicas da América Latina e da Europa, por meio dos projetos CLARA (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas) e ALICE (América Latina Interconectada com a Europa). RNP fonte: http://agenciact.mct.gov.br/index.php?action=/content/view&cod_objeto=15229 |