| Brasil inaugura telescópio no ChileO Tempo Roberta Maia 21.04.2004 No último sábado, dia 17, o Brasil, em parceria com os Estados Unidos, inaugurou em Cerro Panchón, nos Andes Chilenos, o telescópio Soar ("Southern Astrophysical Research Telescope"), uma iniciativa que só pôde ser levada a cabo graças às redes acadêmicas de alta velocidade. "Os pesquisadores vão poder fazer a observação através da Rede Nacional de Pesquisa (RNP). A rede traz a sala de controle para a instituição do pesquisador, que liga a Internet e simula aqui, no Brasil, o ambiente de trabalho que teria estando lá", explicou Clemens Gneiding, diretor substituto do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), instituição que fará a coordenação científica do uso do telescópio. A iniciativa nasceu há cerca de sete anos e foi financiada por um consórcio envolvendo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o "National Optical Astronomy Observatory", a Universidade da Carolina do Norte e a Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. Mais projetos O Brasil, que é sócio majoritário, também participa de outro consórcio internacional, o Observatório Gemini, que está prestes a se tornar o primeiro "ciberobservatório global". Devido às redes de alta velocidade, o Gemini será capaz de partilhar com especialistas dos países parceiros Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Argentina, Brasil e Chile o que for captado por potentes telescópios conectados em diferentes continentes. Os dados chegam até os cientistas brasileiros via RNP. "O ciberobservatório permitirá a astrônomos fazer observações em tempo real sem se deslocar de seus escritórios. Mesmo distantes fisicamente, eles estarão telepresentes na sala de controle dos observatórios, ao vivo, enquanto o programa de observação estiver sendo executado nos telescópios", explicou o porta-voz do Gemini, Peter Michaud. As aplicações da Internet acadêmica, no entanto, não se limitam a questões espaciais. Diariamente, uma ampla base de informações que é processada nos diversos escritórios do Experimento de Larga Escala na Biosfera-Atmosfera na Amazônia (Projeto LBA), trafega pela Rede da RNP no Brasil e, posteriormente, é enviada para parceiros latinos, norte-americanos e europeus. A proposta do LBA é promover um estudo multidisciplinar e interdisciplinar numa análise dos diversos ecossistemas da floresta amazônica e, com isso, compreender quais seriam as consequências ambientais da atuação do homem sobre o meio ambiente. fonte: http://www.otempo.com.br/suplemento.asp?edicao=21%2F04%2F2004&nome=pla |