| Fibra ótica interliga instituições de ensinoCabos percorrerão pelo menos 750 quilômetros entre os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro Folha de S. Paulo 08.05.2004 O CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) vai interligar instituições de ensino e pesquisa com uma infra-estrutura ótica de alta velocidade. A tecnologia permitirá a troca de informações por Internet em alta velocidade 4.000 vezes maior que os atuais serviços de banda larga. São 750km de cabos. Lançado ontém em Campinas, o Projeto Giga tem como objetivo aproveitar a interação das instituições para o desenvolvimento de tecnologias, equipamentos, serviços e, principalmente, o melhoramento de infra-estrutura de IP (medula de acesso à internet, que permite, além do acesso à rede, transmissão de voz e realização de videoconferência). Pelo menos 11 instituições, entre elas Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), USP (Universidade de São Paulo) PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica), já foram contratadas para integrar o Giga. Cerca de 20 projetos foram inscritos. O CPqD, que fica em Campinas, é o maior centro de pesquisa e desenvolvimento de telecomunicações da América Latina. O projeto tem duração de três anos e custará R$ 54 milhões - dinheiro custeado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ligado ao Ministério das Comunicações. A verba vai remunerar as instituições. Segundo o responsável pelo projeto, Rege Scarabucci, as instituições trocarão informações e experiências durante o desenvolvimento dos projetos. "Poderemos fazer testes e validar serviços em rede de fibra ótica, o que não é possível realizar dentro de laboratórios", afirmou Scarabucci. A velocidade milhares de vezes maior do que a conhecida atualmente é possível, segundo explica o coordenador, graças aos computadores com grande potência - velocidade de 1,5 gigabyte. Atualmente a internet de alta velocidade utiliza 256 kilobytes. Cada gigabyte corresponde a um milhão de kilobytes. Ontem, durante o lançamento do projeto, o InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas) fez uma demostração de imagens médicas pela internet para demonstrar a velocidade. Segundo o diretor de tecnologia do InCor, Marco Antonio Gutierrez, o instituto será contratado e desenvolverá ferramentas para a utilização dessas imagens. "Instituições de regiões do Brasil que não têm essa tecnologia poderão ter acesso a essas experiências", afirmou Gutierrez. |