| Esgotamento de EndereçosProblema vem desde 1995 Diário do Nordeste 18.10.2004 A iminência de um colapso na Internet não é um fato novo. É o que afirma o administrador de redes da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), Marcos Frota. Segundo ele, desde 1995 o esgotamento dos endereços IP é uma realidade com a qual os administradores de rede convivem na Internet. Um endereço IP completo, chamado Classe C, possui 255 números IP válidos para serem distribuídos. Esse tipo de endereço não é facilmente adquirido. Para conseguir um Classe C, é preciso provar a necessidade do uso desses números, afirma Marcos. O esgotamento dos números de endereço IP só foi evitado com a adoção de duas medidas. Uma delas é o fatiamento dos endereços Classe C, disponibilizando para as empresas interessadas oito números IP válidos. No caso da necessidade de mais números IP, surgiu a solução NAT de endereços IP não-válidos. A conexão direta com a Internet só é possível através de IPs válidos. Servidores e máquinas que precisam de acesso direto à rede utilizam acesso por meio desses endereços válidos. Para o usuário final, seja em empresas, universidades ou até mesmo em casa, o IP não-válido é a solução encontrada. O endereço não-válido consiste em um endereço fictício fornecido a vários computadores a partir de um servidor conectado à Internet. A maioria dos usuários prefere estar em um firewall que possa lhes dar maior segurança. Para isso, o IP não-válido é uma boa saída, pois o servidor (que possui endereço válido) fornece a segurança de um proxy ou firewall, declara Marcos. INTERNET 2 A busca por alternativas para a Internet também não é novidade. A Internet 2, rede criada nos Estados Unidos para o tráfego de dados em maiores velocidades, já está presente no Brasil desde o ano 2000. As instituições de pesquisa são as principais beneficiadas com esse tipo de conexão. A RNP possui conexão direta com a Internet2 americana, fornecendo acesso de alta velocidade às instituições de ensino e pesquisa filiadas à rede. Além da Internet 2, a RNP-CE instalou, há um mês, duas estações conectadas com o Planet Lab, o projeto de uma nova rede mundial liderado pela Intel. Segundo Marcos, os principais interessados nesse tipo de tecnologia são as instituições de pesquisa. Para o usuário doméstico, a atual tecnologia IP resolve a maior parte das necessidades. Acredito que o atual sistema IP não vai acabar, principalmente com o uso de IPs não-válidos. A vantagem de outras redes, que é a velocidade, consegue ser suprida para usuários domésticos com a tecnologia ADSL, por exemplo. O custo dessas redes é muito alto, o que restringe seu uso a instituições de pesquisa, afirma Marcos Frota. fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=198536 |