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Uerj tenta recorde de transmissão de dados


Jornal do Commercio

05.11.2004


A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) prometem quebrar o recorde de velocidade de transmissão de dados entre Brasil e Estados Unidos. No dia 11 deste mês, entre zero e uma hora da manhã (horário de Brasília), o laboratório de Física de Altas Energias da Uerj pretende transmitir cerca de 180 gigabytes de dados - o equivalente à capacidade de 250 CDs - para Pittsburgh. A demonstração será feita durante a High Performance Computing, Networking and Storage Conference (SC2004), conferência de supercomputação que ocorrerá de 6 a 12 de novembro na cidade americana.

Segundo a RNP, os dados sairão de um computador da universidade e percorrerão um longo caminho até chegar ao destino final. Terão que passar por pelo menos quatro redes no Brasil, Europa e EUA: a rede experimental brasileira do Projeto Giga, a latino-americana Rede Clara, a européia Géant e a americana Abilene, integrante do projeto Internet 2. As duas primeiras têm participação da RNP.

Colaboração

Além da transmissão, será feita uma experiência de grade computacional entre equipamentos na Uerj e em Pittsburgh. Grade é uma infra-estrutura que permite o uso colaborativo de computadores, redes, bases de dados e instrumentos científicos. A estrutura montada no laboratório da Uerj conta com 100 computadores, que serão usados para processar trabalhos submetidos a partir de Pittsburgh.

A demonstração será um ensaio para a participação do Brasil em experiências com o novo acelerador de partículas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), que começará a funcionar em 2007. A tecnologia de grades foi a solução escolhida para lidar com o grande volume de dados que deverá ser produzido pelo acelerador de partículas: 20 petabytes por ano, o equivalente a 28 milhões de CDs.

Os experimentos são coordenados pelo professor Alberto Santoro. A iniciativa tem a colaboração das empresas Embratel, Intelig, Telemar e Telefônica, que contibuíram com as fibras da rede do Projeto Giga, e da organização Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas.

fonte: http://mct.empauta.com/noticia/mostra_noticia.php?cod_noticia=834146270

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