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Tecnologia da informação como vetor do crescimento

Instituto Titan traça metas para desenvolver TI no Ceará


Diário do Nordeste

30.01.2006


Apoiar o governo estadual no desenvolvimento de um pólo da indústria da informação no Ceará e atuar em parceria com instituições de pesquisa no país e outros centros de referência em tecnologia no Nordeste, como o pólo de Recife, para fortalecer a região com competitividade no segmento de TI, são os principais objetivos sobre os quais o Instituto Titan quer avançar em 2006. O Instituto, uma entidade sem fins lucrativos que reúne 20 das maiores empresas dos segmentos de tecnologia da informação, telecomunicações e automação do Ceará, define no próximo dia 4 de fevereiro seu planejamento estratégico sob a coordenação de seu novo presidente, o empresário Lenardo de Castro.

O novo presidente do Instituto Titan defende um movimento empresarial com investimento aplicado em pesquisa e desenvolvimento e que “visa colocar no mercado produtos inovadores com alto agregado tecnológico, capazes de competir no mercado local e internacional”. Lenardo de Castro também defende a união de cearenses e pernambucanos na criação de uma cadeia produtiva sinérgica com foco no mercado internacional. “Não nos interessa competir com o vizinho. Queremos competir no mercado de Brasília, São Paulo, Estados Unidos e Europa”, afirma. “O Ceará tem empresas que podem estar competindo no mercado externo. A idéia é consagrar a habilidade comercial que os cearenses têm também na área de TI”, completa.

Lenardo destaca o grande potencial que a área de TI, chamada por ele de “a indústria sem chaminé”, tem a oferecer para o desenvolvimento do Ceará. Para isso, entretanto, seria necessário criar as condições para que aconteça no Estado o mesmo que já foi feito na Irlanda, Índia e Coréia – países cujas economias deram um grande salto graças ao investimento e conseqüente desenvolvimento em tecnologia. Esse desenvolvimento, de acordo com Lenardo, passa pela união de três vetores, o setor produtivo, o governo (‘‘na criação do ambiente jurídico e de infra-estrutura necessários’’) e a academia (‘‘que gera os recursos humanos adequados e o pensamento em direção à inovação’’). “O Instituto Titan se coloca como um elo entre as três iniciativas e se propõe a ser vetor de liderança empresarial para produzir o melhor ambiente para essa nova indústria”, diz o representante da entidade.

“Por mais que já se tenha feito, ainda temos um longo caminho a percorrer”, comenta Lenardo de Castro. Em relação à Irlanda, o exemplo a ser seguido, segundo o presidente do Instituto Titan, é a política tributária e a legislação no que tange a exportação. No caso da Índia, ele destaca o espírito empreendedor voltado à exportação, o que precisa ser mais incentivado no Brasil. “A exportação da Índia é o tamanho do consumo do Brasil. Seus mercados e PIBs são equivalentes, no entanto, enquanto na Índia 90% do que é produzido é exportado, no Brasil menos de 10% é a contribuição das vendas externas para a formação do PIB setorial de TI”, observa.

As 20 empresas cearenses que compõem o Instituto Titan respondem juntas por um faturamento anual superior a R$ 100 milhões e geram mais de 1.400 empregos diretos. As empresas filiadas contam atualmente com 15 projetos de pesquisa em andamento. De acordo com Lenardo de Castro, a capacidade de desenvolvimento de projetos deverá dobrar com a integração do Instituto Titan à rede de alta velocidade Gigafor, que interliga várias instituições cearenses à Rede Nacional de Pesquisa (RNP) à velocidade de 2,5 Gigabits por segundo (Gbps).

fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=311525

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