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Fique atento aos golpes online em tempo de eleição

Terra

24.08.2006

Em tempos de eleição, a Web facilita a comunicação dos partidos e candidatos com os eleitores. Mas o pleito também serve de pretexto aos golpistas para fazer suas vítimas. E-mails que fingem ser solicitações do Tribunal Superior Eleitoral, por exemplo, podem chegar à sua caixa postal, alegando que é necessário atualizar seus dados, ou confirmar o número do título eleitoral, apenas para fazer você entregar informações confidenciais ou deixar sua máquina vulnerável a ataques externos.

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Os golpes online podem ser evitados desde que se preste atenção a alguns detalhes importantes. Em relação às eleições, é fundamental o internauta ter em mente que o Tribunal Superior Eleitoral, os TREs e os partidos jamais enviam correspondência aos cidadãos sem que isso seja solicitado - e obviamente não recorrerão à Internet para atualizar cadastros de eleitores.

Os golpistas online costumam deixar outros sinais bastante claros nas mensagens falsas que espalham pela rede: oferecem vantagens para o internauta e chegam a incluir avisos de segurança legítimos nos emails fraudulentos. Além de manter um antivírus e um firewall atualizados em sua máquina, fique atento à sua caixa postal. E confira abaixo algumas das características de e-mails usados para golpes virtuais.

Erros de português e textos fora de formatação: é muito comum encontrar erros grosseiros de português nos e-mails falsos, além de se notar uma formatação estranha no texto, geralmente em formato HTML.

URL estranha: os golpistas costumam incluir endereços da Web (URLs) nos e-mails falsos para coletar informações das vítimas. Por exemplo, uma mensagem falsa do Tribunal Regional Eleitoral pedindo a atualização do seu título de eleitor incluirá um link ou um endereço que você deve acessar para proceder à atualização - basta olhar com cuidado: o link não levará a nenhuma página oficial do TRE.

Hospedagem gratuita: instituições legítimas (como os tribunais e partidos) não costumam hospedar seus sites em serviços gratuitos como HpG, Geocities, Lycos, Kit.Net ou Gratisweb. Portanto, ao receber um e-mail que direcione para uma página em um desses serviços, desconfie.

Pedido para enviar o e-mail para "o maior número de pessoas possível": os golpistas online muitas vezes pedem para as próprias vítimas divulgarem o golpe incluindo no e-mail o texto "envie para o maior número de pessoas possível". No marketing sério feito via Web, os remetentes das mensagens usam bancos de dados próprios para enviar e-mails. Um candidato até pode pedir que você divulgue seu programa, por exemplo, mas dificilmente o fará com este bordão.

Além disso, os internautas devem ficar atentos para as mensagens de cunho eleitoral que peçam preenchimento de cadastros, entrada em links ou download de algum arquivo. É recomendável ignorar essas mensagens ou, se houver interesse, entrar em contato com o responsável (o partido ou o comitê do candidato) e verificar se são reais. Tomando esses cuidados, é possível ficar mais seguro e evitar as armadilhas digitais que surgem todos os dias.

Mensagens suspeitas podem ser encaminhadas às autoridades e grupos especializados que combatem o mau uso da Internet. No Brasil, as denúncias podem ser encaminhadas para os endereços abaixo:

crime.internet@dpf.gov.br - E-mail da Polícia Federal para denúncias de crimes na Internet.

cert@cert.br - E-mail do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, que tem feito um trabalho de combate a golpes de phishing scam, coordenado com os sites que estão hospedando programas maléficos, com algumas instituições financeiras e empresas antivírus.

phishing@cais.rnp.br - Endereço do Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança (CAIS) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para envio de mensagens relacionadas com páginas falsas, principalmente de instituições financeiras.

artefatos@cais.rnp.br - Endereço do CAIS para recebimento de denúncias sobre aplicativos suspeitos (cavalos-de-tróia e outros programas maléficos usados nos golpes online).

fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1103395-EI4805,00.html