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Telessaúde e Telemedicina terão ações integradas


Agência Saúde

23.10.2006


Os ministros da Saúde, Agenor Álvares, e da Ciência e Tecnologia (MCT), Sérgio Rezende, além do secretário-executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim, assinaram, nesta segunda-feira (23), protocolo de intenções para a integração de ações e projetos de saúde na Rede Nacional de Pesquisa (RNP) desenvolvida e financiada pelo MEC e MCT. A parceria permitirá a integração de ações dos programas Telessaúde (conduzido pelo Ministério da Saúde) e Telemedicina (coordenado pelo Ministério da Educação).

A cooperação entre os ministérios em ações de educação e comunicação em saúde foi sugerida pelo ministro Agenor Álvares em fevereiro deste ano. Uma das colaborações do Ministério da Saúde será a integração do Telessaúde à Rede Universitária de Telemedicina (Rute), promovida pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia. A Rute interligará os 14 hospitais de ensino do país por meio de pesquisas na área de telemedicina.

A partir da assinatura do protocolo de intenções, o Ministério da Saúde desenvolverá um projeto-piloto para identificação das afinidades, metas e temas de interesse comum entre as pastas envolvidas para a execução de projetos e políticas públicas em saúde, ciência e tecnologia. Ações do Programa Saúde da Família (PSF), apoio a diagnósticos médicos e videoconferências voltadas à melhoria da gestão de unidades de saúde estão entre as medidas previstas para o projeto.

Outro objetivo da cooperação é desenvolver uma rede avançada para a colaboração e comunicação entre pessoas e instituições (principalmente hospitais) envolvidas com o ensino e a pesquisa em saúde.

Conforme destacou o ministro Agenor Álvares, a assinatura do protocolo representa um marco no processo de melhoria do acesso da população às informações de saúde e mais um ponto de convergência das ações do governo federal na prestação de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa parceria beneficiará, especialmente, os 86 milhões de brasileiros atendidos pelo SUS na atenção básica, observou o ministro.

Além de incluir unidades de saúde à RNP, a parceria prevê a promoção e difusão de novos conhecimentos, a disseminação de tecnologias de acesso à informação em saúde nas redes de atenção à saúde, o envolvimento e a qualificação de profissionais de saúde que atuam na atenção básica e o estabelecimento de padrões técnicos e tecnológicos para a troca de informações e conhecimentos da área da saúde. O prazo de vigência do protocolo é de dois anos.

Em andamento

Como resultado do envolvimento dos três ministérios, o ministro Agenor Álvares lançou, em julho, o projeto Telessaúde de Parintis (AM), que permite que as equipes de Saúde da Família tenham acesso a tecnologias, como a educação a distância e a troca de informações entre profissionais de saúde. A tecnologia permite, por exemplo, que agentes de saúde e médicos da região se comuniquem pela internet com especialistas e universidades de outras regiões para a realização de diagnósticos e até para indicação de tratamentos à comunidade.

Os programas de formação profissional oferecem conteúdo didático sobre várias doenças, como malária, hanseníase e tuberculose. Com o projeto, o Ministério da Saúde pretende sistematizar o processo da teleeducação formativa em saúde, desenvolver programas de capacitação nas áreas de Medicina, Odontologia e Enfermagem e ainda promover a inclusão digital dos profissionais que atuam na atenção básica.

Outra proposta é promover a integração entre os profissionais das equipes de Saúde da Família e gestores municipais, estaduais e federal. O desenvolvimento desse projeto é fruto de uma ampla ação governamental intersetorial que envolve os ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia, da Defesa e das Comunicações, além de várias universidades públicas e entidades, como o Conselho Federal de Medicina.

Investimentos

Até o final deste ano, os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia vão investir mais de R$ 146 milhões no financiamento de pesquisas científicas em saúde e também em medidas voltadas ao desenvolvimento biotecnológico do país. Os recursos vêm crescendo consideravelmente e são superiores aos investimentos registrados no biênio 2004/2005, quando os ministérios aplicaram cerca de R$ 130 milhões em ações previstas na chamada Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde.

Outra importante contribuição do Ministério da Saúde no setor foi a criação de redes de pesquisa e de desenvolvimento em biotecnologia, como a de laboratórios oficiais para produção de medicamentos que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS) e também a Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos (Remato).

Na avaliação do Ministério da Saúde, o futuro da pesquisa em saúde depende de infra-estrutura adequada e contínua fonte de investigadores bem treinados, o que pode colocar o país numa situação de maior autonomia.

fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=28221

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