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Telemedicina é tema de debate


MCT

09.11.2006


A mesa-redonda O Estado da Arte em Telemedicina reuniu representantes do Ministério da Saúde, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), durante o segundo dia do 12º Seminário de Capacitação e Inovação (SCI). Promovido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCT), o seminário acontece até amanhã (10). Luiz Ary Messina, coordenador do projeto Rede Universitária de Telemedicina (Rute) foi o mediador. Ele mostrou algumas experiências do uso de tecnologia da informação em telessaúde e lembrou que “através da RNP começou a tornar-se viável a integração dessas iniciativas em nível nacional”.

O projeto Rute, coordenado pela RNP com apoio da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), integra 20 instituições em 14 estados no Brasil. A Rute se apóia na infra-estrutura de rede da RNP para garantir a integração com qualidade de serviço, possibilitando a troca de experiência e a colaboração para a comunidade de telemedicina e envolvendo alguns dos principais atores de governo e de universidades neste campo.

Segundo uma resolução do Conselho Federal de Medicina, telemedicina é “o exercício da medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.” Isto engloba ações como videoconferência médica; teleconsulta; telediagnóstico por imagem; educação a distância e formação continuada; estudos de caso e trabalho colaborativo com uso de recursos de rede; entre outros.

Agilidade no atendimento e redução de custos

Chao Lung Wen, médico e professor da Faculdade de Medicina da USP, disse que os projetos-pilotos em telemedicina têm obtido excelentes resultados, mas teme que não sejam tão exitosos quando forem abertos a toda a sociedade, pois “a demanda reprimida sufocará os centros de excelência”, cogitou o professor. Não quer dizer que a telemedicina ficará sempre restrita a projetos experimentais. De fato, como lembrou Wen, existem articulações em diversos níveis - como entre os Ministérios da Saúde, das Comunicações e da Ciência e Tecnologia - que visam a levar a telemedicina a uma parcela cada vez maior da população.

Wen divide a telemedicina em três categorias: tele-educação, tele-assistência e pesquisa multicêntrica. Ele citou alguns projetos da USP como a Sala de Aula do Futuro (para reciclagem de profissionais de saúde), o Cyberambulatório, o Homem Virtual (também como ferramenta de apoio educacional) e a tele-educação por streaming para médicos das cidades de Parintins e Manaus, no estado do Amazonas.

Humberto Alves, da UFMG, disse que a experiência com as teleconsultas reduziu em 71% o número de pacientes que precisavam se encaminhar ao Hospital das Clínicas de Belo Horizonte para serem atendidos. Hoje, graças aos recursos de telessaúde, essas pessoas são atendidas em 69 centros de saúde da rede municipal sem necessidade de transferência.

O projeto BH Telessaúde oferece a possibilidade de teleconsulta on-line e off-line e o compartilhamento de imagens radiológicas. Também são organizadas videoconferências periódicas com o objetivo de promover a educação permanente. Alves comentou que os profissionais de saúde de Minas têm podido participar de videoconferências com especialistas do mundo inteiro por meio das redes da RNP, Clara (América Latina) e Géant (Europa). Segundo o professor da UFMG, a experiência mineira tem focado seus esforços em modelos de baixo custo e alto impacto social. Outro projeto citado foi o Minas Telecardio, programa de telecardiologia que integra 82 municípios mineiros.

fonte: http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/42146.html

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