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Universidades criam rede nacional de televisão

Agência CT

11.12.2006

Universidades de todo o País, reunidas na Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), lançam, na próxima quarta-feira (13), em Brasília (DF), a Rede de Intercâmbio de Televisão Universitária, a RITU. Viabilizada graças à tecnologia desenvolvida na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCT) - organismo ligado aos ministérios da Ciência e Tecnologia, e da Educação -, a RITU é um sistema de recepção e distribuição de programas de televisão, via internet de banda larga, que permitirá aos canais universitários compartilharem a sua programação e organizarem uma operação em rede nacional.

A cerimônia de lançamento na RITU acontecerá no auditório Dois Candangos, na Universidade de Brasília, às 11h. Os dirigentes da ABTU e da RNP, assim como os técnicos envolvidos, darão coletiva à imprensa logo após o evento.

“A RITU é o maior sonho da televisão universitária brasileira”, diz Gabriel Priolli, presidente da ABTU. “Todos os canais universitários existentes têm dificuldades em preencher a sua grade de programação, para ficar 24 horas no ar. E todos querem romper limites, querem falar com o maior número possível de telespectadores, ampliando seu público para todo o país. O compartilhamento de programas e a operação em rede, viabilizados pela sensibilidade da RNP nessa parceria estratégica, são a solução para isso”.

A Rede de Intercâmbio de Televisão Universitária facilita a troca de programas entre emissoras de televisão universitárias, que enviarão pela internet os seus produtos para uma central de operações, localizada na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em São Leopoldo-RS. Lá, eles serão aprovados, organizados e disponibilizados para download em um portal de acesso, cujas ferramentas foram desenvolvidas pela UFPB-Universidade Federal da Paraíba. Os programas também serão agrupados pela UNISINOS numa grade de programação única, que será distribuída para todos os canais interessados.

Com esse sistema, os canais universitários poderão abastecer-se de programas “a la carte”, escolhendo entre os títulos disponíveis aqueles que desejam incluir em sua própria programação, ou poderão retransmitir a grade completa da RITU, inserindo nela os seus programas. O compartilhamento de programação, em nível nacional, otimiza a utilização do conteúdo educacional produzido nas instituições de ensino superior, reduz custos nas emissoras e permite que os investimentos se concentrem na produção dos programas, melhorando a sua qualidade.

Aplicação Avançada

A parceira da RNP e da ABTU nesse projeto, promove, entre outras atividades, a inovação no uso de aplicações de vídeo digital de qualidade, através das redes de dados de alta velocidade que implantou em todo o país, para uso das universidades e centros de pesquisa. A produção das TVs universitárias, distribuída através da RITU, é um exemplo de aplicação avançada para educação, cultura e divulgação da ciência e tecnologia.

O diretor geral da RNP, Nelson Simões, explica que a parceria com a ABTU “desenvolve uma solução técnica para a troca de programação, no formato de vídeos digitais, entre as instituições produtoras de televisão universitária afiliadas à ABTU e as universidades federais ligadas à RNP”. A fase piloto do projeto, já em curso, envolve 9 universidades. Mas quando a RITU estiver em operação plena, uma centena de universidades estará participando do projeto.

A estrutura da RNP envolve duas redes distintas de transmissão de dados em alta velocidade. A primeira e mais desenvolvida é a chamada rede de produção nacional, ou “backbone” RNP2, também conhecida como “Internet-2”. A segunda, de caráter experimental e operando atualmente apenas no sudeste do país, é a “Rede Giga”. Ambas são utilizadas na RITU.

fonte: http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/42540.html