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Brasil firma parceria inédita de colaboração de rede na AL


Convergência Digital

14.05.2008


A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a Rede Acadêmica de São Paulo (ANSP), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e o projeto KyaTera formalizaram parceria com a Global Lambda Integrated Facility (GLIF), para compartilhamento de tráfego de redes ópticas para a pesquisa através de circuitos exclusivos.

O acordo foi celebrado em abril, informa comunicado oficial das entidades. Estas são as primeiras instituições da América Latina a se integrarem à colaboração internacional que reúne gestores de redes de pesquisa de diversos países.

A adoção dos circuitos virtuais em redes de pesquisa é uma tendência mundial e é tipicamente combinada com o uso da tradicional tecnologia de redes de roteadores Internet – o que dá forma às chamadas redes híbridas.

No caso da GLIF, o interesse é exclusivamente pelo estudo dos circuitos virtuais fim a fim, usados, em geral, para aplicações que necessitam de grande capacidade de transporte, como, por exemplo, as de vídeo de alta definição, protegendo outras aplicações do congestionamento da rede.

Esses circuitos já são usados para aplicações na área de física, em colaboração entre pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), instituição participante da RNP, e do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), na Suíça.

Outro potencial usuário do recurso é o Rádio Observatório Espacial do Nordeste (Roen), do INPE, localizado no Ceará, e que conta com a parceria do Massachusetts Institute of Technology (MIT). O ponto de interconexão à GLIF no Brasil está localizado em São Paulo e conecta-se a esta rede através do ponto de interconexão em Miami.

O envolvimento das redes brasileiras torna a iniciativa acessível a instituições localizadas em 23 cidades do Distrito Federal e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco, servidas pelo núcleo multigigabit da rede Ipê, pela rede experimental do projeto Giga – coordenado pela RNP e pelo CPqD, - e pela rede KyaTera (apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo –Fapesp).

Só o projeto KyaTera mobiliza 400 pesquisadores em 11 cidades de São Paulo. A RNP participa duplamente da GLIF: através da infra-estrutura nacional da rede acadêmica, a Ipê, e da rede óptica experimental Giga.

Para o diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton, a tecnologia de rede usada na iniciativa GLIF é uma importante ferramenta para a renovação das redes acadêmicas: "Esses circuitos virtuais fim a fim garantem a usuários de maior demanda uma banda exclusiva, com um serviço de mais qualidade", atesta.

fonte: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=13872&sid=4

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