RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

english | español


 

 
RNP na Mídia 
 

Dia Mundial da Internet


Baguete.com

Laura Peruchi Mezari

16.05.2008


Hoje, a Internet é o meio de comunicação mais ágil à disposição das pessoas. Notícias em tempo real, previsão do tempo, envio de mensagens, entretenimento. Texto, áudio, vídeo. Milhares de sites. Milhões de usuários no mundo inteiro. No sábado, 17, é comemorado o Dia Mundial da Internet, data estabelecida pela ONU.

A Internet tem sua origem na Guerra Fria – ela é conseqüência de um projeto da agência norte-americana ARPA (Advanced Research and Projects Agency), com apoio do Pentágono. O objetivo desse projeto, que foi denominado Aparnet (a atual Internet), era criar um canal de comunicação que não fosse centralizado e vulnerável no caso de um ataque nuclear.

Se ocorresse uma obstrução de um nó na rede, esse sistema deveria permitir que os pacotes de informação procurassem outro nó disponível e, assim, progressivamente durante o percurso da rede de informação. Em 1972, esse sistema já contava com 37 estações, e foi colocado à disposição de pesquisadores, que passaram a utilizá-lo para trocar informações sobre trabalho, colaborar em projetos e simplesmente para conversar (origem dos chats). Assim também surgiu o endereço eletrônico (e-mail). Mas foi apenas em 1989 que a rede ficou conhecida oficialmente como Internet e, em 1993, passou a ser explorada comercialmente de várias formas, como no fornecimento de serviços.

Já no Brasil, a Internet teve seu passo inicial em 1989, com a criação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. A RNP tinha o objetivo de construir uma infra-estrutura de rede Internet nacional de âmbito acadêmico e disseminar o uso de redes no país. Paralelo a isso, a RNP dedicou-se à divulgação dos serviços Internet à comunidade acadêmica, estimulando a formação de uma consciência sobre a importância estratégica para o país. Em 1995, iniciou-se a abertura da Internet comercial nacionalmente e a RNP estendeu seus serviços de acesso a todos os setores da sociedade, oferecendo apoio à consolidação da Internet comercial no Brasil.

Segundo resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/2005), realizada pelo IBGE em parceria com o Comitê Gestor da Internet no Brasil, divulgada no ano passado, 21% - 32,1 milhões - da população de 10 anos de idade ou mais, já acessaram a internet pelo menos uma vez em locais como domicílio, local de trabalho e escolas. Esse levantamento, inédito no Brasil, ainda mostrou que itens como o rendimento, o nível de instrução e a idade apresentam reflexos evidentes no acesso à internet. De acordo com a pesquisa, os internautas tinham em média 28 anos de idade, 10,7 anos de estudo e um rendimento médio mensal domiciliar per capita de R$1.000, 00. Metade deles utilizou a rede no domicílio em que morava e 39,7% em local de trabalho. A conexão discada mostrou-se mais difundida que a banda larga. O principal motivo de quem não utilizava a rede era o fato de não ter acesso a microcomputador.

Considerando-se o número de internautas em relação à população do país, o Brasil ocupa a 62ª posição mundial quanto ao uso da Internet e a quarta na América Latina, sendo ultrapassado pela Costa Rica, Guiana Francesa e Uruguai. Para especialistas, o acesso à Internet no país ainda é muito limitado. Os preços dos computadores são o principal motivo para que mais de 100 milhões de brasileiros não utilizem o serviço. Em notícia divulgada pela Agência Brasil, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar, considera também como obstáculo questões mercadológicas que impedem a chegada de portais de acesso nas regiões menos desenvolvidas. “Esse é um obstáculo de ordem macronômica, envolve intesse comercial, de se serem implantados portais em regiões menos desenvolvidas”. Entretanto, ele salienta que o governo está desenvolvendo políticas públicas para promover o acesso à internet, que, futuramente, serão reguladas pela Anatel.

Ainda segundo notícia publicada pela Agência Brasil, a Internet é mais cara nos países pobres do que nos ricos. Em Manaus, paga-se cerca de 1600% a mais pelo uso da rede do que nos Estados Unidos. Essa diferença marcante é causada principalmente pela hegemonia dos norte-americanos na administração dos domínios – endereços dos sites. Há, também, países que ainda estão em atraso na inclusão digital. Em Cuba, por exemplo, o governo só liberou a venda de computadores a pessoas físicas no último dia 2 de maio.

A Internet como ferramenta estratégica

Um mercado que vem crescendo consideravelmente no Brasil é o comércio eletrônico. Segundo dados da 17ª WebShoppers, pesquisa sobre o gênero, 24% dos internautas utilizam a internet para realizarem suas compras. De 2006 para 2007, o número de consumidores virtuais passou de 7 milhões para 9,5 milhões. Tais dados mostram a expansão dos negócios na rede.

Com o número de acessos crescendo constantemente, é imprescindível que uma empresa tenha consciência da necessidade de se estar online. “Estamos vivendo num mundo conectado, seja por fios ou por ondas eletromagnéticas. Não há como se pensar os negócios e a comunicação sem passar por estes meios e a força da atração da internet para as novas gerações, que batem recordes de permanência online a cada mês”, afirma Claudio Toldo, jornalista e professor de Webjornalismo do curso de Comunicação Social/Jornalismo da Unisul. Segundo ele, as empresas devem se preocupar em atingir seus públicos com eficiência. Se este público estiver conectado, não há como fugir da rede. Além disso, Toldo ressalta que a internet tem várias vantagens em relação a outros meios de comunicação. “O que mais se destaca é a capacidade de interação, o hipertexto e a possibilidade da convergência das mídias desse meio”.

“A Internet está passando por um amadurecimento. Os empresários têm percebido o quanto ela é importante para as corporações”, afirma Eder Cachoeira, diretor da Tecmedia Internet Design, desenvolvedora de sites e sistemas para Internet. Cachoeira cita também a evolução da web 2.0, termo utilizado para descrever uma nova tendência, que traz o conceito de um ambiente online mais dinâmico e com a ajuda dos usuários para organização do conteúdo. “Esse novo conceito junto com a percepção dos empresários, reflete-se no nosso ramo. As empresas nos procuram cada vez mais, na busca pela inserção na rede”, conta o diretor, que também é professor do curso de Sistemas de Informação da Unisul.

Estar na Internet hoje é essencial num mundo cada vez mais conectado e dependente dos serviços online. Vale aqui o velho ditado: quem não é visto, não é lembrado.

Laura Peruchi Mezari é assessora de imprensa da Tecmedia

fonte: http://www.baguete.com.br/artigosDetalhes.php?id=518

Consulta em noticias